Nesses primeiros 13 dias de abril, o volume de chuva no Sistema Cantareira, o maior manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, foi o mais baixo desde 2005, para o mesmo período. De acordo com os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), foram captados apenas 11,2 milímetros (mm), representando 12,5% do total esperado para todo o mês (89,8 mm).
Em meio à mais grave crise hídrica já registrada no Sudeste brasileiro, rios e nascentes que abasteceram a capital de São Paulo até o início dos anos 1960 são alvo de desavenças entre governo estadual, Ministério Público e ambientalistas.
Com a chuva, o nível do Sistema Cantareira passou de 19,3% no domingo (5) para 19,4% nesta segunda-feira (6), de acordo com a medição feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). De domingo (5) para segunda (6) choveu 9,3 milímetros (mm), elevando a pluviometria acumulada no mês a 9,4 mm. A média histórica para o período é 89,8 mm.
A Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE) fizeram acordo para cobrar de forma conjunta que a Sabesp apresente até o final deste mês um planejamento para enfrentar a crise hídrica.
Em declaração à Rádio Vermelho, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) falou sobre os impactos da seca para setores estratégicos do país e como ela impacta negativamente no desenvolvimento. A parlamentar compõe a Comissão Especial destinada a estudar e debater os efeitos da crise hídrica.
Da Rádio Vermelho, Ana Cristina Santos e Joanne Mota
A poucos dias do fim do mês de março e início do período de estiagem, a chuva acumulada no sistema Cantareira atingiu quase 100% da média histórica. Segundo a Sabesp, o reservatório opera com 12,4%, contando com o volume morto.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo mandou a Sabesp refazer o edital para obra de transposição das águas da represa Jaguari, na bacia do Rio Paraíba do Sul, para a represa Atibainha, com o objetivo de reforçar o Sistema Cantareira. Em decisão tomada ontem (18), o plenário do colegiado acatou pedido da construtora Queiroz Galvão, de que o documento contém restrições excessivas para a participação das empresas, o que poderia impedir a ampla concorrência.
Em declaração à sessão da CPI na Câmara Municipal que estuda contratos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o promotor de Justiça e secretário executivo do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ricardo Manuel Castro, alertou que o uso da chamada segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira poderia causar malefícios à saúde.
O secretário nacional de Questões de Mídia do PCdoB, Altamiro Borges, que também preside o Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, esteve em Salvador, nesta sexta-feira (13/03), participando de um seminário promovido pela seção baiana da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-BA). Convidado a analisar a conjuntura política atual, Borges avaliou que o momento é de tensão e que é essencial a promoção e a qualificação do debate.
Após pressão dos municípios que são abastecidos pelos sistemas Cantareira e Alto Tietê, o governo de São Paulo criou um grupo de trabalho para elaborar plano de contingência para o caso de colapso no abastecimento de água na Grande São Paulo. A decisão do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, determina a formação e as atribuições do grupo executivo ligado ao Comitê de Crise Hídrica.
A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) firmou 42 novos contratos de demanda firme com grandes empresas na capital paulista em 2014. Juntas, essas companhias consumiram 1,8 milhão de metros cúbicos (m³) de água no ano passado, pagando uma tarifa muito menor do que a utilizada com o comércio e os consumidores residenciais em geral.
Por que será que a chamada grande mídia (Globo, Folha, Estadão, entre outras) utiliza dois pesos e duas medidas em suas abordagens dos fatos jornalísticos em curso? Por exemplo: Nas assim chamadas crise hídrica e “crise elétrica”.
Por Eduardo Navarro*, no Portal da CTB