A paralisação da economia do país em decorrência do movimento dos caminhoneiros mostra de maneira didática até que ponto podem chegar as consequências de políticas neoliberais, adotadas pelo governo Temer e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, cuja indicação é atribuída ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O que acontece com o petróleo hoje é a maior lição que se deu de que o neoliberalismo não serve para as pessoas, mas para negócios. Temos uma agenda neoliberal extremada e isso escancarou o que a sociedade não quer", diz o assessor especial do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski.
Por Eduardo Maretti, na RBA
A crise dos combustíveis foi o tema central da Comissão Geral realizada nesta terça-feira (29), no Plenário da Câmara dos Deputados. Durante o debate, foram expostas proposições e alternativas para enfrentar o aumento sucessivo e desenfreado nos valores da gasolina e do óleo diesel – este último motivador da paralisação das atividades dos caminhoneiros.
Por Ana Luiza Bitencourt
Após as fracassadas tentativas de acordo para acabar com a paralisação dos caminhoneiros, o governo Temer aposta na edição de três medidas provisórias para pôr fim à crise no país. Após nova rodada de negociações, Temer editou três MPs – que chegaram nesta segunda-feira (28) ao Congresso – atendendo alguns dos pleitos dos caminhoneiros. No entanto, as medidas são vistas com preocupação pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Por Christiane Peres
Economistas que assinam a Nota nº 3 do Cecon/Unicamp preveem que o ritmo lento do crescimento do PIB e do emprego fará com que o Brasil retome apenas em 2022 o nível de produção de 2014. Tempo ainda mais longo será necessário para recuperar emprego e renda.
Evento é uma promoção de fundações, universidades e entidades da sociedade civil e será realizado semanalmente até 08/05, na Alergs
Ganhos recordes, alta das ações na Bolsa e regulação fraca aumentam o risco de nova crise, alerta o presidente do FED em Minneapolis.
O golpe parlamentar foi vendido pela grande mídia como uma panaceia que resolveria todos os problemas. Mas o recém-divulgado e pífio PIB brasileiro em 0,1% no 3º trimestre de 2017 mostra um cenário de estagnação. Após praticamente dois anos do golpe parlamentar de 2016, quase 90%, exatos 88% dos micro e pequenos industriais do Estado de São Paulo afirmam que a crise econômica ainda afeta os negócios.
Para o instituto, cenário mais otimista deve inspirar "reflexão sobre o que não deve ser feito" em gestão da economia. "A menos que o objetivo seja a concentração de renda e a exclusão".
A economia moderna que se estuda há 200 anos opera por ciclos de expansão e contração. O atual ciclo de globalização financeira leva o mundo a sérias distorções no campo social e politico e a fatura está chegando.
Por André Araújo
O Brasil vem enfrentando a maior crise econômica da sua história. A queda do Produto Interno Bruto por dois anos consecutivos impacta nossas vidas no que tange ao aumento do desemprego, queda dos investimentos, diminuição do rendimento médio das famílias, entre outras dimensões econômicas.
Por Juliane Furno*
A crise econômica prolongada tem tido impacto devastador sobre a juventude brasileira. Os jovens são 28,2% da população acima de 16 anos no país, mas representam 54,9% do total de desempregados, aponta levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Ou seja, de cada dois desempregados, um é jovem”, destacou a analista do IBGE, Cíntia Simões Agostinho. Pior: um quarto dos jovens brasileiros nem estuda nem trabalha.
A reforma foi implantada há 17 anos; agora, em entrevista, professor questiona se, a partir de agora, haverá “mudança econômica rumo a neoliberalismo desenfreado”. O surgimento de governos de direita, seja por meio de golpe ou pela via democrática, é tido como uma nova manifestação da crise capitalista em escala global, que representa uma reordenação das forças conservadoras da região