A vida em Itu, a 100 quilômetros da capital paulista e uma das mais importantes cidades do estado entre 1850 e 1935, já girou em torno da produção de açúcar e do café. Depois disso, abriu-se para a produção de cerâmica vermelha e também para o turismo motivado pela chamada “cidade do exagero”. Suvenires de objetos gigantes fizeram sucesso nas lojas locais na segunda metade do século passado.
O volume de água armazenada no principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira, teve nova baixa neasta sexta-feira (14) atingindo 7,3% ante 7,4% registrados neste sábado (13), mesmo com um acumulado nos dois últimos dias de 9 milímetros de chuva sobre as seis reservas que compõem o sistema.
A não ser que 1- tenhamos chuvas absolutamente históricas ou 2- os técnicos da Sabesp apresentem uma solução mágica (indisponível até o presente momento), quase 5 milhões de pessoas passarão a virada de ano sem água na região metropolitana de São Paulo em pouco mais de 20 dias.
Por Sergio Reis, especial para o Blog do Nassif*
O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da Grande São Paulo, interrompeu nesta quinta-feira (11) a sequência de quedas registradas desde o dia 3 de novembro, ficando estável em 7,6%. De acordo com última medição da Sabesp, o volume de chuva no Cantareira na quarta-feira (10) ultrapassou o dobro do dia anterior, passando de 7,3 milímetros para 18,1 milímetros (mm). Nos primeiros dez dias de dezembro, já choveu 25,4 mm, ante uma média história no mês de 220,9 mm.
O Conselho Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro discutiu durante esta quarta-feira (10), em Resende, no centro-sul fluminense, a situação dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul, que apresentam o nível mais baixo dos últimos anos. O volume de água dos quatro principais reservatórios, que abastece 15 milhões de pessoas no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e São Paulo, atingiu nesta terça-feira (9) o patamar de 3%, mostrando redução de 50% em relação ao mês anterior.
Sem chuva, o nível de todas as represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo caiu neste domingo (7), informou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Segundo a companhia, o nível do Sistema Cantareira, que atende a 6,5 milhões de pessoas, registrava ontem 8,1% e hoje passou a 8%.
O nível do o Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo (incluindo parte da capital paulista), voltou a cair atingindo nesta quarta-feira (3) apenas 8,4% de sua capacidade de armazenagem, segundo a medição diária feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na terça-feira (2), o volume estava em 8,5%.
O arquiteto e doutor em ecologia urbana Adilson Roque dos Santos diz que toda a Região Sudeste passa atualmente por uma crise hídrica provocada pela estiagem prolongada. Quanto ao abastecimento do Rio de Janeiro, para ele, o risco de faltar água pode ocorrer se a população não se conscientizar da importância do uso racional do bem natural.
A Agência Nacional das Águas (ANA) determinou que a barragem em Santa Cecília reduza a vazão de água de 190 m³/s para 160 m³/s, até 31 de dezembro deste ano. Com a medida, a agência pretende preservar os estoques de água do reservatório da bacia do Rio Paraíba do Sul, composto também pelos barramentos de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.
A capacidade dos reservatórios do Sistema Cantareira segue em queda e chegou a 8,7%, segundo medição divulgada nesta segunda-feira (1º) pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
Recentemente, a Sabesp divulgou uma nota sobre a qualidade da água da reserva técnica do Sistema Cantareira, o volume morto, que está sendo usado para abastecer a região metropolitana de São Paulo. Como em toda a novela da crise hídrica, a população não está sabendo do que está em curso.
Com os reservatórios do Sistema Cantareira definhando a cada dia surgem planos mirabolantes para que os paulistas se livrem do desabastecimento. Todos caríssimos. Enquanto isso, a vegetação que garante vida aos nossos mananciais vai sendo destruída.
Por Afonso Capelas Jr, para o Diário do Centro do Mundo*