A afirmação foi feita pelo diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz, em debate promovido pelo instituto no dia 15/08, em São Paulo/SP. O diretor considera que o Brasil passa por um processo de desmonte de sua economia com transferência de recursos para o capital internacional. Confira, abaixo, texto do jornalista Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual, com os principais argumentos do diretor.
Ao falar no sábado (5) para petroleiros sobre impactos da reforma trabalhista, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, alertou que o desmonte de direitos e conquistas sociais faz parte da mesma agenda de redução do Estado e de desnacionalização dos setores produtivos, que foi retomada pela direita, através do golpe, e que não é restrita ao Brasil.
O DIEESE e as Centrais Sindicais iniciam, em 27 de julho, a 14ª Jornada Nacional de Debates – Reforma trabalhista.
Diferença é de concepção, observa diretor técnico. Na visão dos trabalhadores, Estado deve ter presença maior na economia. "Ficou difícil ter um debate equilibrado. Crise política só aguçou o problema".
Em abril, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o salário mínimo oficial, que hoje é de R$ 937,00. O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foi divulgada nesta segunda (8).
Para o instituto, país tornou-se "refém do curto prazo" e precisa repensar estrutura e financiamento do setor.
O uso ilimitado da terceirização deverá levar a um aprofundamento da desigualdade, com aumento da precarização das condições de trabalho e de remuneração, resultando em piora na distribuição da renda, avalia o Dieese, em nota técnica divulgada nesta sexta (24) sobre o tema.
No escasso e tendencioso debate que está havendo sobre a contrarreforma da Previdência Social – que está sendo encaminhada para aprovação no Congresso de forma afobada, justamente para não circular informações transparentes e autênticas – o principal argumento utilizado pelo governo tem sido o do déficit.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, sobre a Previdência, é, talvez, "uma das reformas de maior exclusão social no Brasil", avalia o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, que participou na tarde desta quarta-feira (15) de um debate promovido em rede social pelo jornal Brasil de Fato. Para ele, o dia nacional de paralisações, na quarta, ajudou a fazer o contraponto à propaganda do governo e contribui para a população entender o que representa "o ataque a seus direitos".
Os bancos eliminaram 48.757 postos de trabalho nos últimos 5 anos, de fevereiro de 2012 até janeiro. É o que mostra estudo do Dieese, apresentado nesta quinta-feira (9) durante congresso extraordinário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. Entre as ocupações que perderam espaço, os escriturários são os mais afetados, com 15.654 postos de trabalho fechados, seguidos pelos caixas, com redução de 5.148 vagas.
A tabela de alíquotas do Imposto de Renda está defasada em mais de 83,1%. A constatação está no estudo divulgado pelo Dieese, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Na prática, significa que, hoje, os trabalhadores isentos seriam os que recebem até R$ 3.460,50 e não os atuais R$ 1.903,98.
O número de desligamentos de engenheiros diminuiu no ano de 2016, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE). No entanto, mesmo com a diminuição do número de desligamentos, a perda de postos de trabalho aumentou.