por Pedro Benedito Maciel Neto
A Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), condenou nesta quinta (3) a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Para a entidade, a atitude "ameaça ditames democráticos, conquistados a duras penas" e agrava a situação do país. "Auguramos que a prudência e o bem do país ultrapassem interesses espúrios", diz a nota.
Para o jornalista e escritor Fernando Morais, a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff ajudará a delinear o cenário político, deixando claro quem está a favor e quem está contra a democracia. De acordo com ele, é preciso que as forças progressistas se unam para enfrentar a ofensiva da direita.
O tempo corre contra a democracia. A hora é de união e luta de todos os democratas, de todos aqueles que, para além de suas opções partidárias, ou mesmo da avaliação que tenham do governo Dilma, coloquem a defesa da democracia como a questão fundamental do país.
Por Adalberto Monteiro*
A manhã dessa quinta-feira (3) foi marcada por um grande ato organizado pelo PCdoB-BH em defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma.
Após a aceitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), nesta quarta-feira (2), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, disse à Folha de S. Paulo que a Suprema Corte terá de se pronunciar sobre o processo pois "haverá judicialização [do impeachment] com provável impugnação em mandado de segurança".
Nesta quinta-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), e os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e a da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para tratar da reação contra o acolhimento de abertura do pedido de impeachment feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Repercutiu com muito destaque nos sites dos principais jornais da Europa nesta quinta-feira (3) a abertura de um pedido de impedimento contra a presidenta Dilma Rousseff, aprovado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A maioria dos diários defendeu a chefe de Estado e se posicionou contra a possibilidade de Dilma deixar o cargo.
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, rebateu as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que para ofuscar o golpismo disse que a presidenta Dilma Rousseff "fez barganha política" com o Congresso Nacional.
O acolhimento do pedido de impeachment feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ, nesta quarta-feira (2), não causou o efeito que o parlamentar esperava. Além de deixar clara a chantagem contra o governo da Presidenta Dilma Rousseff, Cunha recebeu uma chuva de críticas de todos os lados.
A secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse hoje (3) que repudia o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Não aceitamos este processo de retirada da Presidência uma mulher que foi democraticamente eleita e reeleita. Os ataques que ela vem sofrendo nenhuma de nós podemos aceitar. São ataques sexistas, machistas”, afirmou.
O presidente estadual do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, foi um dos entrevistados da Rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira (3/12). Na ocasião, Daniel analisou as circunstâncias da abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, aceita pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), na última quarta-feira (2).