A despeito dos três permissivos legais, ainda hoje é enormemente difícil a uma mulher usufruir desse direito porque os serviços de abortamento legal são de difícil acesso. Há estados que não dispõem de um único hospital que realize o procedimento
O encontro da Cúpula do G20 que ocorreu nesse final de semana é destaque na análise internacional de Ana Prestes nesta segunda (23). A votação do orçamento na Guatemala, a rejeição da denúncia de Trump sobre fraude na votação em Pensilvânia, a lei que protege a brutalidade policial na França e o novo projeto de lei sobre o aborto na Argentina são outros assuntos analisados pela cientista política.
Realizado anualmente por quase 1 milhão de brasileiras, o aborto está no bojo da discussão da reforma do Código Penal. Quem se submete ao procedimento pode ser detida, mas a verdadeira prisão está na culpa e nas sequelas físicas, como infecções e perda do útero.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (13), até o final do ano, mais 30 centros médicos serão credenciados para atender à demanda por aborto legal.
Segundo ele, o Brasil possui 65 hospitais públicos capacitados para fazer o aborto legal.