Parte da história de mineiros que desapareceram durante a ditadura veio à tona a partir de 138 documentos inéditos obtidos pelo jornal Hoje em Dia. O material, que será remetido à Comissão da Verdade, também será apresentado ao Ministério Público Federal em Minas a fim de corroborar com as investigações referentes à morte de cinco mineiros, ocorridas entre 1969 e 1979, e um desaparecimento, em 1975.
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), ligada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, votou nesta semana, por unanimidade, pela abertura de Estudo de Tombamento do edifício que hoje abriga a 36ª Delegacia de Polícia, na rua Tutoia, na Vila Mariana.
A vontade que se tem é a de escrever: por baixo de ondas de infâmia e sangue, a presidenta Dilma instalou a Comissão da Verdade. E temos essa vontade porque a vemos em um mar que se abre, pronto a tragá-la e a envolver também os brasileiros mutilados, perseguidos e assassinados sob a ditadura de 1964.
Por Urariano Mota
O advogado da família de Victor Jara solicitou ao Exército para colaborar com o esclarecimento da morte do cantor e compositor chileno, depois que uma reportagem na televisão revelou a identidade do suposto executor do crime.
Focar o início do trabalho na apuração de informações sobre desaparecidos políticos e não fomentar qualquer tentativa de revisão da Lei da Anistia foram as duas principais orientações da presidente Dilma Rousseff aos integrantes da Comissão da Verdade, oficialmente instituída na última quarta-feira (16). As informações são do jurista José Paulo Cavalcanti, que integra a comissão.
A Comissão da Verdade deve investigar, sobretudo, o destino dado aos desaparecidos políticos do período da ditadura (1964-1985), defenderam o jornalista, escritor e professor universitário Sinval Medina e a jornalista, pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo (USP) Cremilda Medina. Para ambos, os trabalhos devem se concentrar basicamente nos governos militares a partir do golpe de 1964.
O ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) no Espírito Santo, Cláudio Guerra, vai ter proteção policial. O anúncio foi feito em Plenário na noite desta quarta-feira (16) pelo senador Paulo Paim (PT-RS) que, mais cedo havia feito um apelo ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que garantisse a segurança de Claudio Guerra
A audiência publica da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), marcada para esta quinta-feira (17) foi adiada, devido a uma tentativa de assassinato contra o ex-delegado Claudio Guerra, personagem central do livro Memórias de uma Guerra Suja.
A divergência em torno da Comissão Nacional da Verdade, sobre investigar os crimes e criminosos da ditadura ou também as mortes e outras violências cometidas por oposicionistas, é o primeiro ato da série de problemas e contestações que se deve esperar dos investigáveis e seus associados.
O governo quer incluir pelo menos 370 camponeses, assassinados entre 1961 e 1988, na lista oficial de mortos e desaparecidos da ditadura militar. São, principalmente, sindicalistas e lideranças de lutas coletivas que tombaram em decorrência da política repressora dos militares.
A Boitempo oferece promoção especial para saudar a instalação da Comissão Nacional da Verdade (cuja solenidade de posse aconteceu nesta quarta-feira pela manhã, em Brasília), que conta com a participação da psicanalista Maria Rita Kehl, autora de diversas obras publicadas pela editora.
Com uma solenidade marcada pela emoção, a presidente Dilma Rousseff empossou os sete membros da Comissão da Verdade, nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto. Em companhia dos quatro ex-presidentes do período democrático, Dilma falou sobre o compromisso do país com a verdade da história, com o acesso da história verdadeira às novas gerações e principalmente com a consolidação da democracia no país, para que nunca mais fatos como esses voltem a acontecer.