Nesta quinta-feira (29), a ação movida pela esposa e as duas filhas de João Batista Franco Drummond, preso político torturado até a morte no episódio conhecido como “a chacina da Lapa”, em 1976, terá uma audiência de instrução e julgamento às 14 horas, no 22º andar, sala 2217 do Fórum da Praça João Mendes, em São Paulo.
Ao instalar, na tarde desta quarta-feira (28), o 12º Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Domingos Dutra (PT-MA), avalia que a transição democrática no Brasil ficou incompleta. “É preciso investigar as mortes, desaparecimentos e torturas e o Parlamento tem obrigação com essa tarefa”.
O golpe e a ditadura foram a desembocadura natural da direita brasileira – partidos e órgãos da mídia, além de entidades empresariais e religiosas.
Por Emir Sader, em seu blog
Era impressionante a quantidade de gente. Quem estivesse parado no centro da Praça de Maio, no último sábado, se veria cercado por uma multidão em qualquer direção que olhasse. Era 24 de março, Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça. O mesmo dia 24 de março em que, em 1976, deu-se o golpe militar que deu origem à sangrenta ditadura que esteve no poder na Argentina até 1983 e deixou um saldo de 30 mil mortos e desaparecidos.
Por Kelly Cristina Spinelli, em Terra Magazine
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão da Justiça Federal que rejeitou o pedido de abertura de processo criminal contra o coronel reformado do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como major Curió, pelo desaparecimento de cinco militantes do PCdoB que participaram da Guerrilha do Araguaia.
A convocação dos oficiais aposentados para um ato público em favor da ditadura militar, nesta quinta-feira às 15 horas, horário semelhante ao dos manifestantes que tomarão a Cinelândia em uma manifestação de apoio à Comissão da Verdade, ganha contornos de uma paródia ao enfrentamento nos moldes conhecidos durante os anos de chumbo.
Nesta semana, quando diversos grupos e organizações de militares comemoram os 48 anos do golpe militar de 1964, movimentos sociais, organizações de trabalhadores, artistas e intelectuais promovem uma série de manifestações para protestar contra a iniciativa militar, que afronta uma decisão governamental de não se comemorar o golpe de 1964. Muitos que combateram a ditadura foram torturados, assassinados e permanecem desaparecidos até hoje.
A TV Cidade Livre de Brasília promove um debate sobre o Golpe Cívico-Militar de 31 de Março de 1964, ao vivo, no sábado (31), a partir das 16 horas. Entre os convidados estão João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango; do jornalista Mauro Santayana, então repórter do Jornal Última Hora; do escritor e professor Ronaldo Conde Aguiar, autor dos livros "Vargas, a vitória na derrota"; e do jornalista Leite Filho, biógrafo de Leonel Brizola.
Brasil não era um país feliz antes do golpe de 1964. Mas era um país que dava sequência a um ciclo longo de crescimento econômico, impulsionado por Getúlio, como reação à crise de 1929. Nos anos prévios ao golpe era um país que começava a acreditar em si mesmo.
Por Emir Sader, em seu blog
A discussão das últimas semanas, referente às ácidas cartas de setores da reserva das Forças Armadas sobre o processo de criação de uma Comissão da Verdade, coloca um ponto importante para nossa reflexão.
Por José Luiz Niemeyer dos Santos Filho*
No vídeo abaixo, o cineasta Silvio Tendler convoca a população para um ato, no Rio de Janeiro, contra a comemoração do golpe de 64. O protesto acontecerá nesta quinta-feira (29), em frente ao Clube Militar, na Cinelândia, a partir das 14h.
Em Belo Horizonte (MG), cerca de 70 pessoas participaram de manifestação em frente à residência do torturador Ariovaldo da Hora e Silva, no bairro da Graça, na manhã desta segunda-feira (26). Com faixas, cartazes e tambores, os jovens denunciaram as ações de Ariovaldo durante a ditadura militar. O objetivo é informar e conscientizar a população vizinha ao criminoso. Eles também distribuíram cópias de documentos oficiais do DOPS, com relatos das sessões de tortura com a participação de Ariovaldo.