Nesta semana, quando diversos grupos e organizações de militares comemoram os 48 anos do golpe militar de 1964, movimentos sociais, organizações de trabalhadores, artistas e intelectuais promovem uma série de manifestações para protestar contra a iniciativa militar, que afronta uma decisão governamental de não se comemorar o golpe de 1964. Muitos que combateram a ditadura foram torturados, assassinados e permanecem desaparecidos até hoje.
A TV Cidade Livre de Brasília promove um debate sobre o Golpe Cívico-Militar de 31 de Março de 1964, ao vivo, no sábado (31), a partir das 16 horas. Entre os convidados estão João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango; do jornalista Mauro Santayana, então repórter do Jornal Última Hora; do escritor e professor Ronaldo Conde Aguiar, autor dos livros "Vargas, a vitória na derrota"; e do jornalista Leite Filho, biógrafo de Leonel Brizola.
Brasil não era um país feliz antes do golpe de 1964. Mas era um país que dava sequência a um ciclo longo de crescimento econômico, impulsionado por Getúlio, como reação à crise de 1929. Nos anos prévios ao golpe era um país que começava a acreditar em si mesmo.
Por Emir Sader, em seu blog
A discussão das últimas semanas, referente às ácidas cartas de setores da reserva das Forças Armadas sobre o processo de criação de uma Comissão da Verdade, coloca um ponto importante para nossa reflexão.
Por José Luiz Niemeyer dos Santos Filho*
No vídeo abaixo, o cineasta Silvio Tendler convoca a população para um ato, no Rio de Janeiro, contra a comemoração do golpe de 64. O protesto acontecerá nesta quinta-feira (29), em frente ao Clube Militar, na Cinelândia, a partir das 14h.
Em Belo Horizonte (MG), cerca de 70 pessoas participaram de manifestação em frente à residência do torturador Ariovaldo da Hora e Silva, no bairro da Graça, na manhã desta segunda-feira (26). Com faixas, cartazes e tambores, os jovens denunciaram as ações de Ariovaldo durante a ditadura militar. O objetivo é informar e conscientizar a população vizinha ao criminoso. Eles também distribuíram cópias de documentos oficiais do DOPS, com relatos das sessões de tortura com a participação de Ariovaldo.
O Ministério Público Federal (MPF) deve entrar nas próximas semanas com ações criminais contra militares pelo desaparecimento de, pelo menos, 24 pessoas no estado de São Paulo durante o período da ditadura militar (1964-1985). A tese será a mesma da denúncia contra o coronel reformado do Exército Sebastião Curió por causa do desaparecimento de cinco integrantes da Guerrilha do Araguaia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou nesta quinta-feira (22) o pedido de revisão da Lei da Anistia, julgado em 2010 pela Justiça Federal, aberto pela Ordem dos Advogados do Brasil. Os ministros reunidos no plenário entraram no consenso de que será necessário uma sessão ordinária para o julgamento do pedido da OAB. A nova sessão deve ser realizada na próxima semana.
A mostra Arpilleras da Resistência Política Chilena será aberta nesta quinta-feira (22) Biblioteca Nacional de Brasília. A exposição, que segue até o dia 29, mostra o trabalho de uma técnica têxtil elaborada em pano rústico. A autoria dos trabalhos é de mulheres e esposas das vítimas da ditadura militar no Chile e denuncia as arbitrariedades cometidas pelo regime que durou de 1973 a 1990.
Florestan Fernandes denunciou que a transição controlada da ditadura se transformaria no grande trauma nacional.
A denúncia criminal do Ministério Público Federal (MPF) contra o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió, pelo crime de sequestro qualificado contra cinco militantes, capturados durante a repressão à Guerrilha do Araguaia criou a primeira possibilidade real da condenação de um torturador do período da ditadura militar (1964-1985) no país.
Por Mariana Viel
A União Brasileira de Mulheres (UBM) publicou a petição online que pede a Criação da Comissão da Verdade para pressionar pelo andamento da mesma. Criada em novembro de 2011, espera-se desde então que o governo anuncie os nomes de quem vai compor o grupo que ficará responsável pela apuração dos fatos no período da ditadura militar.