O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse acreditar no "profissionalismo" das Forças Armadas de hoje, ao comentar as reações de militares da reserva contrárias ao debate no governo sobre os crimes cometidos pela ditadura militar. Em entrevista no Senado, nesta terça-feira (6), ele lembrou que a Comissão da Verdade, que vai analisar violações de direitos humanos cometidas de 1946 a 1988, foi criada por uma lei aprovada pelos parlamentares.
Em repúdio as manifestações de setores militares contra a Comissão da Verdade, 110 cineastas lançaram, nesta segunda-feira (5), manifesto em favor dos trabalhos da Comissão e pela defesa do direito de conhecer o que representou os 21 anos de ditadura no país.
Na noite de 4 de novembro de 1969, Sergio Jorge estava fotografando um jogo de futebol e foi chamado para a alameda Casa Branca, onde registrou a morte de Carlos Mariguella em uma imagem que ficou mundialmente conhecida. Agora o fotógrafo decidiu revelar à Comissão da Verdade o que de fato aconteceu com Marighella. A reportagem é de Alan Rodrigues, da IstoÉ.
Como os leopardos não perdem as pintas, o jornal O Globo deu enorme destaque às sandices de um dos militares insubmissos empenhados em intimidar a Comissão da Verdade, ministros, a presidente, os Poderes Executivo e Legislativo: o general Luiz Eduardo Rocha Paiva, que chefiou a Escola de Comando do Estado-Maior e foi secretário-geral do Exército.
Sob a presidência de um ex-preso político, o deputado Adriano Diogo (PT), foi realizada, nesta quinta-feira (1°), às 19 horas, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a primeira sessão da Comissão Estadual da Verdade.
A mais recente indisciplina de militares reformados contra a Comissão da Verdade, em manifesto onde tentam intimidar com as palavras "a aprovação da Comissão da Verdade foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo" acende na gente duas observações.
Por Urariano Mota*
Além de previsível, por estranho que pareça julgo positiva a nova insubordinação de cerca de cem chefes militares da reserva contra a comandante-em-chefe das Forças Armadas, Dilma Vana Rousseff, que, coincidentemente, é também a presidente da República Federativa do Brasil, eleita em 31 de outubro de 2010 com 55.752.529 votos, os quais contabilizaram 56,05% do total de votos válidos.
Por Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania
O governo determinou aos comandantes das Forças Armadas que os militares da reserva que assinaram nota com ataques à presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Defesa, Celso Amorim, sejam punidos com advertência por ato de insubordinação.
Em mais uma demonstração de desrespeito à democracia, 98 militares da reserva reafirmaram as críticas feitas por clubes das três Forças Armadas à presidente Dilma Rousseff e disseram não reconhecer a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibi-los de expressar opiniões.
O filho de Francisco Tenório Cerqueira, pianista de Vinícius de Moraes desaparecido em 1976 após ser sequestrado por supostos elementos da Esma (Escola Superior da Magistratura da Argentina), pediu que o repressor Claudio Vallejos seja interrogado na Comissão da Verdade brasileira, cujas deliberações começariam no primeiro semestre do ano.
O governo do Uruguai se prepara para solicitar ao Brasil arquivos sobre uruguaios mortos e desaparecidos no país nos anos da ditadura militar. A revelação foi feita na segunda-feira (27) ao jornal Estado de S. Paulo pelo ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, em Genebra.
Os presidentes dos clubes militares da reserva das três Forças Armadas recuaram das críticas feitas à presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira (23) eles publicaram uma nota desautorizando o texto do "manifesto interclubes" que criticava a presidente por não censurar declarações das ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e das Mulheres, Eleonora Menicucci sobre o esclarecimento de crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).