Beirando a paranoia, publicação acusou dissidentes do regime militar de infiltração em associações, propaganda ideológica e lavagem cerebral
O Teatro Dragão do Mar sedia nesta sexta-feira (21) e sábado (22), sempre às 19h, a peça “Soledad – a terra é fogo sob nossos pés”. Interpretada pela atriz pernambucana Hilda Torres, o espetáculo conta a história do país pelo viés da vida de uma mulher que foi assassinada pelo regime militar brasileiro, em 1973.
"A história precisa sempre lembrar o que alguns querem que muitos esqueçam, como afirmava o historiador inglês Eric Hobsbawm"
Por Dalton Macambira*
Viúva de Rubens Paiva, político desaparecido em 1971, Eunice tinha 86 anos e deixa cinco filhos.
"Já vimos muita coisa acontecer pelo mundo. Mas um povo que escolhe um presidente que declara com todas as letras que quer um novo AI-5, que apoia a tortura e grupos de extermínio e é a favor da censura, ou seja, um povo que vota contra seus próprios direitos, só vimos aqui no Brasil em 2018. Isso foi possível graças a um trabalho massificante de lavagem cerebral feito pela grande mídia que segue aliada ao grande capital".
No contexto da Guerra Fria o golpe militar de 1964 impôs um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos acarretando uma situação de atraso político, desigualdade social, censura aos meios de comunicação e de violenta repressão, que duraria duas décadas.
Por Carolina Maria Ruy*
Decreto emitido pelo regime militar há 50 anos restringia desde o acesso a novelas com cenas de violência e de nudez e canções da MPB até a possibilidade de ler notícias livres de censura e ir às urnas.
Decretado no dia 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional número 5 (AI-5) ficou marcado na história como o nível mais extremo a que chegou o autoritarismo no Brasil e foi o ponto de partida para institucionalizar a repressão política durante a ditadura militar, afirma o historiador Carlos Fico.
Por Júlia Dias Carneiro, da BBC Brasil
A jornalista Hildegard Angel externou seu orgulho de ser irmã de Stuart Angel Jones, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), assassinado em 1971 pela ditadura, durante o ato realizado neste sábado (8), no Rio de Janeiro, em homenagem ao seu irmão.
Sindicalista do setor bancário e militante político, Aluízio Ferreira foi morto em 1971 no DOI-Codi paulista.
Conhecida como a Casa da Morte, o imóvel em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, onde pelo menos 20 pessoas foram assassinadas pela ditadura civil-militar (1964-1985), está próximo de ser oficialmente tombado como um espaço de preservação da memória e da verdade.
Indicado por Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação, o filósofo colombiano de ultradireita Ricardo Vélez Rodríguez é conhecido pela ojeriza ao marxismo e exaltação da ditadura militar de 1964.
Por Iberê Lopes*