O Grupo de Trabalho Perus, instituído em outubro pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, já analisou 144 ossadas encontradas na vala clandestina do Cemitério de Perus. Do total, em 11 restos mortais foram encontrados sinais de morte violenta, três com marcas de projeteis e oito com marcas de lesões graves, como ossos quebrados. Os dados parciais foram divulgados nesta terça-feira (10).
Dois meses após a apresentação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), com críticas à atuação do Superior Tribunal Militar (STM) durante os anos de ditadura militar no Brasil, a Justiça Militar da União deu início nesta segunda-feira (9), em Brasília, ao primeiro encontro com membros da comissão e da Corte Interamericana de Direitos Humanos. No encontro, que vai até terça (10), será debatido o papel das justiças militares no Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
Dois meses após a apresentação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), com críticas à atuação do Superior Tribunal Militar (STM) durante os anos de ditadura militar no Brasil, a Justiça Militar da União deu início nesta segunda-feira (9), em Brasília, ao primeiro encontro com membros da comissão e da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Você sabe o que são os autos de resistência ou resistência seguida de morte? São um mecanismo usado desde a ditadura militar, que serve para encobrir mortes cometidas por agentes do Estado. Traduzindo: os policiais matam, mesmo quando estão de folga, e escrevem nos autos do crime que houve resistência à prisão. Isso faz com que os crimes não sejam investigados.
“Meus patrícios, me dirijo especialmente a todos os trabalhadores, a todos os estudantes e a todo o povo de São Paulo, tão infelicitado por este governo facista e golpista que neste momento vem traindo seu mandato e se pondo ao lado das forças da reação.”
Em ritmo de Carnaval, transcrevemos em nosso caderno cultural Prosa, Poesia e Arte um trecho do livro Soledad no Recife, de Urariano Mota, escritor de diversas obras que regularmente contribui com o Vermelho por meio de sua coluna Prosa, Poesia e Política.
Em 1975, no auge da Guerra Fria, seis países latino-americanos governados por militares de extrema-direita se uniram para aniquilar a oposição política, que eles chamavam de “ameaça comunista”. Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai fizeram parte dessa tenebrosa aliança que o fotógrafo português João Pina apresenta na exposição Operação Condor, em cartaz no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro até 22 de fevereiro.
Por *Valton de Miranda Leitão
Podemos afirmar que a história dos movimentos sociais no Brasil remete ao século 19 com as revoltas de movimentos populares contra o império e, posteriormente, contra a República.
Por Fátima Teles*
O Cordão da Mentira, bloco carnavalesco que contesta e escracha as problemáticas da ditadura civil-militar brasileira, como, por exemplo, a anistia aos torturadores, que nunca responderam por seus crimes, bem como suas implicações na construção de uma democracia, ganhou um documentário. O documentário percorre livremente, por entre ensaios, sambas e intervenções artísticas.
Em 15 de janeiro de 1985, a chuva forte em Brasília não impediu que uma multidão se concentrasse em frente ao Congresso, parte abrigada sob uma bandeira nacional, alguns escalando as cúpulas de concreto. Lá dentro, com plenário e galerias lotados, Tancredo Neves era eleito o primeiro presidente civil no país em 21 anos, pelo mesmo instituto criado pelos militares para eleger seus generais: o Colégio Eleitoral.
A Comissão Estadual da Verdade (CEV-BA), que apura as violações dos direitos humanos cometidas na Bahia, disponibilizou ao público o primeiro relatório de atividades, com a identificação das 537 pessoas vítimas da repressão política no estado. Dos 426 brasileiros mortos ou desaparecidos, 34 são baianos e, dentre esses, 10 tombaram na Guerrilha do Araguaia.