“Meus patrícios, me dirijo especialmente a todos os trabalhadores, a todos os estudantes e a todo o povo de São Paulo, tão infelicitado por este governo facista e golpista que neste momento vem traindo seu mandato e se pondo ao lado das forças da reação.”
Em ritmo de Carnaval, transcrevemos em nosso caderno cultural Prosa, Poesia e Arte um trecho do livro Soledad no Recife, de Urariano Mota, escritor de diversas obras que regularmente contribui com o Vermelho por meio de sua coluna Prosa, Poesia e Política.
Em 1975, no auge da Guerra Fria, seis países latino-americanos governados por militares de extrema-direita se uniram para aniquilar a oposição política, que eles chamavam de “ameaça comunista”. Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai fizeram parte dessa tenebrosa aliança que o fotógrafo português João Pina apresenta na exposição Operação Condor, em cartaz no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro até 22 de fevereiro.
Por *Valton de Miranda Leitão
Podemos afirmar que a história dos movimentos sociais no Brasil remete ao século 19 com as revoltas de movimentos populares contra o império e, posteriormente, contra a República.
Por Fátima Teles*
O Cordão da Mentira, bloco carnavalesco que contesta e escracha as problemáticas da ditadura civil-militar brasileira, como, por exemplo, a anistia aos torturadores, que nunca responderam por seus crimes, bem como suas implicações na construção de uma democracia, ganhou um documentário. O documentário percorre livremente, por entre ensaios, sambas e intervenções artísticas.
Em 15 de janeiro de 1985, a chuva forte em Brasília não impediu que uma multidão se concentrasse em frente ao Congresso, parte abrigada sob uma bandeira nacional, alguns escalando as cúpulas de concreto. Lá dentro, com plenário e galerias lotados, Tancredo Neves era eleito o primeiro presidente civil no país em 21 anos, pelo mesmo instituto criado pelos militares para eleger seus generais: o Colégio Eleitoral.
A Comissão Estadual da Verdade (CEV-BA), que apura as violações dos direitos humanos cometidas na Bahia, disponibilizou ao público o primeiro relatório de atividades, com a identificação das 537 pessoas vítimas da repressão política no estado. Dos 426 brasileiros mortos ou desaparecidos, 34 são baianos e, dentre esses, 10 tombaram na Guerrilha do Araguaia.
Durante o golpe militar de 1964 foi eliminada uma das principais experiências culturais realizadas pela esquerda brasileira: o CPC da UNE. As chamas da reação destruíram o palco, o figurino e obrigaram os jovens artistas a se refugiarem. O ódio dos golpistas é prova evidente do papel progressista que representava aquele movimento cultural.
Por Augusto César Buonicore*, na Fundação Maurício Grabois
O momento não poderia ser mais propício para a leitura de Os Vencedores – A Volta por Cima da Geração Esmagada pela Ditadura de 1964, do jornalista Ayrton Centeno. Enquanto a direita saudosa dos anos de chumbo sai às ruas com seus gatos pingados e barulhentos para pedir intervenção militar, a imensa reportagem de Centeno chega às livrarias para relembrar uma história sombria que calou por muitos anos militantes, músicos, cineastas, atores, jornalistas, escritores e artistas em geral.
Dando sequência à série “Parlamentares PCdoB 2014”, o Portal Vermelho entrevista a deputada estadual em Goiás, recém eleita para seu quinto mandato, Isaura Lemos. A comunista faz o balanço da sua atuação na Assembléia Legislativa e analisa a conjuntura política do estado.
Laís Gouveia, da Redação do Vermelho
O escritor Luis Fernando Veríssimo contesta a tese que se alastrou entre os veículos de comunicação conservadores, todos apoiadores do regime militar de 1964, de que a Comissão Nacional da Verdade deveria ter igualado os crimes de agentes do Estado aos atos de violência ligados à esquerda revolucionária; “Não aceitar a diferença entre a violência clandestina de contestação a um regime ilegítimo e a violência que arrasta toda uma nação para os porões da ditadura é desonesto”, diz Veríssimo.