Procuradores do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) e agentes da Polícia Federal cumpriram nesta sexta-feira (14) mandado judicial de busca e apreensão no Hospital Central do Exército (HCE), em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro. Eles foram apurar a informação de que, em setembro deste ano, houve ocultação de documentos de pessoas mortas na unidade durante o período da ditadura.
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara quer colaborar com a oitiva do soldado Antônio Waneir Pinheiro Lima. Conhecido como “camarão”, Antônio foi identificado como um dos torturadores que atuaram na Casa da Morte, no estado do Rio de Janeiro, e também teve envolvimento no episódio conhecido como “Chacina no Parque”, ocorrido no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.
Na próxima sexta-feira (14), a Comissão da Verdade do Rio Grande do Sul recebe relatório da Comissão de Anistia que traça o perfil de anistiados políticos do estado.
O grupo de trabalho do Ministério Público Federal Justiça de Transição, responsável pela investigação de crimes praticados pela ditadura militar, encontrou o carcereiro conhecido como Camarão, da Casa da Morte de Petrópolis, um dos centros de tortura mais bárbaros do regime. Ele estava no interior do Cearáe foi levado para prestar depoimento.
A bancada de vereadores do PT de São Paulo realizou, na noite desta quinta-feira (6), um ato de protesto contra as “mensagens xenofóbicas disseminadas pelas redes sociais contra as regiões Norte e Nordeste do país após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff”, com destaque para as declarações separatistas do vereador e deputado estadual eleito Coronel Telhada (PSDB), ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
A Comissão da da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” lançou nesta quinta-feira (5) o livro Infância Roubada – Crianças Atingidas pela Ditadura Militar no Brasil. A obra traz uma série de depoimentos e histórias de mães e filhos de presos políticos, perseguidos e desaparecidos durante o regime militar, em vigor de 1964 a 1985 no Brasil.
O relatório final dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV) tem previsão de ser divulgado dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. O Blog do Planalto iniciou uma série sobre o tema. A primeira matéria é uma entrevista com José Otávio Nogueira Guimarães, professor do Programa de Pós-Graduação em História da Unb e um dos coordenadores da Comissão da Verdade da Universidade. Segue abaixo:
Os coléricos gritos que partem de pequenos grupos de direita não devem ressoar no Brasil. Nossa jovem democracia possui pilares fortes, talhados no sangue, no sofrimento e na luta de milhares de cidadãos que combateram as forças da Ditadura.
Os 45 anos do assassinato de Carlos Marighella foram lembrados em um ato na noite de terça-feira (3), na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O líder da Aliança Libertadora Nacional (ALN) foi emboscado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, na capital paulista, em 4 de novembro de 1969.
Ao lado de amigos, estudiosos e admiradores do baiano Carlos Marighella (1911-1969), a família do combatente revolucionário preparou um manifesto com a história de lutas e com pedidos de preservação da memória do “inimigo número 1” da ditadura militar de 1964. A iniciativa integra as ações pelos 45 anos da morte de Marighella, que acontecem nesta terça-feira (4).
Das sessões de tortura aos fantasmas da ditadura, o cinema brasileiro invariavelmente volta aos anos do regime militar para desvendar personagens, fatos e consequências do golpe que destituiu o governo democrático do país e estabeleceu um regime de exceção que durou longos 21 anos. Estreantes e veteranos, muitos cineastas brasileiros encontraram naqueles anos histórias que investigam aspectos diferentes do tema, do impacto na vida do homem comum aos grandes acontecimentos do período.
Há cheiro de 1964 no ar. Não apenas no Brasil, mas também nas vizinhanças. Acho então que é chegada a hora de dar o meu depoimento. Dizer a vocês, jovens de 20, 30, 40 anos de meu Brasil, o que é de fato uma ditadura.
Por Hildegard Angel*, em seu blog