Movimentos socais fizeram um escracho na manhã desta terça-feira (01), às 6h30, em frente à casa do delegado Aparecido Laertes Calandra, conhecido como Capitão Ubirajara, no bairro do Ipiranga, na capital paulista. O capitão é acusado de torturas e mortes ocorridas no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no período da ditadura.
O Golpe Civil-Militar de 1964 completou 50 anos em 31 de março de 2014. Nos últimos anos, várias publicações trouxeram à tona o trabalho desenvolvido pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e da Comissão Nacional da Verdade. A Contag também integra a Comissão Camponesa da Verdade. O objetivo é pesquisar e relatar o cenário de violência, censura e arbitrariedades ocorridas no meio rural no período da ditadura.
O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Comissão Estadual da Verdade (CEV) do Rio de Janeiro (CEV-Rio), Wadih Damus, cobrou do ministro da Defesa, Celso Amorim, um posicionamento do Estado brasileiro sobre o esclarecimento e apuração de casos ocorridos no período da ditadura militar.
Esta foi a forma que Henfil encontrou de contar para a cunhada, Gilse Conseza, presa e torturada durante a ditadura militar, que a filha dela, Juliana Conseza, estava bem. Tudo começa em 1970, quando a então militante da Ação Popular (AP), Gilse Conseza é presa pela ditadura militar e permanece reclusa na Penitenciária de Linhares em Juiz de Fora, Minas Gerais, por mais de dois anos.
O vereador Gilson Reis (PCdoB-BH) realizou na última sexta (28) um grande ato, na Câmara Municipal de BH, para homenagear os trabalhadores que sofreram com a repressão da ditadura. Os defensores da liberdade receberam um diploma em reconhecimento à resistência e luta contra a ditadura, que perseguiu e os torturou durante os anos do regime.
Se o dia 31 de março de 1964 entrou para a História do Brasil como uma das piores datas do calendário nacional, pela deflagração do golpe militar no país, o dia 31 de março de 2014 será lembrado, pelo menos na Bahia, como um marco da consolidação da democracia. Nesta segunda-feira (31/3), a Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA) devolveu a 13 deputados os mandatos cassados arbitrariamente na ditadura.
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva realizou um ato na 36º Delegacia da Polícia Civil da capital paulista, antigo DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), na manhã desta segunda-feira (31), em repúdio aos 50 anos do golpe militar. Os militantes exigem que o prédio – tombado em janeiro deste ano – seja transformado em um memorial em homenagem às vítimas, aos mortos e aos desaparecidos políticos da ditadura militar.
O golpe que levou à ditadura no Brasil completa nesta semana 50 anos. Vários eventos culturais serão realizados para lembrar a data. É o caso da programação especial do Instituto Vladimir Herzog. Entre os dias 31 de março e 3 de abril, a Cia Livre apresenta, no Teatro TucArena, os espetáculos Ponto de Partida e Patética.
Ana Martins tem a sua trajetória marcada pela resistência e pela luta contra a ditadura. Nascida em 1940 na zona rural do interior de São Paulo, mudou para a capital com 14 anos, para completar a 4ª série, pois começou a estudar apenas com 12.
“Para de mentir, canalha
Para admitir a 'Falha'
Para de omitir que a dita foi dura demais
Para de fingir que é justa
Para de fugir do Ustra
Para difundir a farsa impressa nos jornais”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou um vídeo sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil. Em sua mensagem, ele lembra que aquele momento histórico “suspendeu nosso regime democrático, revogou liberdades essenciais, prendeu milhares de militantes políticos e fez com que outros tantos tivessem que sair do país”.
Com a chegada do 31 de março, data em que o golpe militar no Brasil completa 50 anos, diversas iniciativas são realizadas para que a violência e perseguição sofrida pela população não sejam esquecidas, pois a defesa da liberdade e o repúdio a ditadura devem ser tarefas permanentes na sociedade brasileira.