Em depoimento à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, o ex-delegado Cláudio Guerra afirmou que existe um grupo formado por pessoas que participaram da repressão durante a ditadura militar (1964-1985) e que hoje atuaria na área de segurança privada e espionagem. Segundo ele, o grupo ainda está em atividade.
O grupo de peritos argentinos contratado para analisar as ossadas de vítimas da ditadura retiradas do Cemitério Dom Bosco, em Perus, na zona Oste de São Paulo, concluiu que foram cometidos erros primários pela equipe da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) responsável por fazer a identificação das vítimas ao longo da década de 1990.
O coordenador da Comissão da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, disse nesta sexta (19) em Buenos Aires que serão investigadas mais de 60 caixas com documentos relevantes para a apuração de crimes cometidos contra brasileiros pelas ditaduras dos dois países.
Foi encontrado recentemente, no Museu do Índios, no Rio de Janeiro, o Relatório Figueiredo, que estava desaparecido há 45 anos. Com mais de 7 mil páginas preservadas e contendo 29 dos 30 tomos originais, o texto redigido pelo então procurador Jader de Figueiredo Correia traz denúncias de caçadas humanas promovidas com metralhadoras e dinamites atiradas de aviões, inoculações propositais de varíola em povoados isolados e doações de açúcar misturado a esctricnina.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) inicia nesta quarta-feira (17) na Argentina uma missão de três dias em busca de documentos e informações sobre brasileiros desaparecidos no exterior durante o período da ditadura de 1964. O coordenador Paulo Sérgio Pinheiro e dois pesquisadores da CNV visitarão os principais arquivos do país e se reunirão com entidades da sociedade civil e representantes de instituições de governo que trabalham com os temas Direitos Humanos e ditadura no país vizinho.
O Rio de Janeiro recebeu nesta quarta-feira primeira (17) a etapa do projeto Clínicas do Testemunho. O início do projeto é denominado de conversas públicas. Nesta fase do programa, os interessados em participar do atendimento gratuito psicológico conhecem a metodologia que será aplicada.
Cerca de um ano antes que se completem os 50 anos do golpe de 1964, o documentário "O Dia que Durou 21 Anos", de Camilo Tavares, traz à luz diversos documentos inéditos, sobre os quais por vários anos pesaram cláusulas de sigilo, que comprovam o decisivo envolvimento dos EUA na derrubada do presidente João Goulart e na instalação da ditadura militar no Brasil. O filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Salvador.
As pessoas que foram afetadas pela ditadura militar poderão receber apoio psicológico. O trabalho será desenvolvido por cinco grupos, dois deles em São Paulo e um no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e no Recife. A iniciativa foi apresentada na noite desta segunda (15) em uma audiência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O projeto é promovido pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
No último dia 15, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, por meio da 68ª Caravana da Anistia, reconheceu Alexandre Vannucchi Leme como anistiado político, colocando o Estado brasileiro como culpado pela perseguição, tortura e morte do estudante. Será protocolado também um pedido de desculpas oficiais para a família.
A Comissão Estadual da Verdade de São Paulo ouviu na última sexta-feira (12) os depoimentos de parentes de desaparecidos políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia, grupo armado de resistência à ditadura militar instalado no Pará na década de 1970. Foram discutidos os casos de nove militantes nascidos em São Paulo ou que tiveram atuação no estado.
Ex-governador, ex-deputado estadual e ex-vereador, José Maria Marin usou sua carreira política na ditadura para influenciar em entidades esportivas, como a Federação Paulista de Futebol e a própria confederação. Como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL), retomou sua carreira política com novos aliados.
O festival de documentários "É Tudo Verdade" está em cartaz em São Paulo até o dia 14. O analista político Paulo Vannuchi abriu espaço em seu comentário diário para destacar o filme "O fim do esquecimento", do cineasta Renato Tapajós.