O Brasil não é o único país que, por orientação da Organização Mundial do Comércio (OMC), anunciou retaliações contra os EUA. A potência imperialista também sofre as consequências de sanções impostas por um vizinho mais próximo, o México, que também é parceiro do país no controvertido Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
Preocupados com os desdobramentos da crise grega, França e Alemanha, principais potências da zona do euro, estudam a criação de um Fundo Monetário Europeu, uma espécie de FMI local, com o intuito de reforçar a cooperação econômica e socorrer países do bloco às portas da moratória, como é hoje o caso da Grécia.
O Comitê para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM) divulgou recentemente uma nota criticando o pacote econômico do governo grego para contornar a crise fiscal. As medidas (aumento da idade de aposentadoria, redução de salários e corte de benefícios e direitos) visa garantir o reembolso dos credores e configuram uma regressão social devastadora e inaceitável, segundo o comitê.
O governo divulgou nesta segunda-feira (8) a lista das mercadorias produzidas nos EUA que terão as tarifas de importação elevadas em resposta aos subsídios ilegais concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão. A retaliação foi autorizada pela Organização Mundial de Comércio (OMC) e deve chegar a US$ 591 milhões no comércio exterior.
O Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo. Nesta década, o país já havia deixado para trás Austrália e China. Hoje, apenas Estados Unidos e União Europeia vendem mais alimentos no planeta que os agricultores e pecuaristas brasileiros.
O parlamento grego aprovou nesta sexta-feira (5), em caráter de urgência, o novo e antipopular pacote econômico proposto pelo governo, sob o protesto das ruas e a enérgica oposição do Partido Comunista (KKE), que declarou guerra às medidas. Os comunistas se retiraram do debate e a secretária-geral da legenda, Aleka Papariga, alertou: “Seguiremos a luta nas ruas”.
O desemprego continua avançando nos EUA, revelando as fragilidades do processo de recuperação econômica proclamado pelo governo e alguns economistas. Em fevereiro foram fechados 36 mil vagas, acentuando a depressão do mercado de trabalho, que começou no final de 2007. A taxa de desocupação ficou em 9,7%, de acordo com os números divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano.
Economistas e acadêmicos de diferentes correntes de pensamento reunidos em Havana no XII Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas do Desenvolvimento, coincidiram no diagnóstico de que a crise mundial do capitalismo ainda não acabou e que as perspectivas de recuperação são incertas.
A classe trabalhadora vem sendo duramente castigada pela crise na França, onde o desemprego subiu a 10% da população economicamente ativa no último trimestre de 2009, o nível mais elevado desde 1999, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (4) pelo escritório de estatísticas nacional – Insee.
As três estruturas sindicais que representam os trabalhadores do setor público em Portugal se uniram na greve geral que teve início na madrugada desta quinta-feira e contou com uma adesão maciça dos 635 mil sindicalizados. Escolas, centros de saúde, repartições de finanças e serviços de limpeza outros serviços estão total ou parcialmente parados, segundo informações divulgadas pela Agência Lusa.
Por Umberto Martins
Atolado na crise da dívida externa e sob forte pressão dos bancos credores e da cúpula da União Europeia, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou nesta quarta-feira (3) um novo e doloroso pacote econômico. As medidas, que incluem redução de salários no setor público e aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), devem motivar uma nova onda de protestos no país.
A remessa de dólares do Brasil para o exterior superou a entrada e resultou num fluxo cambial negativo de US$ 399 milhões em fevereiro, conforme informações divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo Banco Central.