“Questionamento a decisões de juízes fazem parte da democracia e são saudáveis, mas nesse caso, chegou-se a uma ruptura prejudicial à própria ideia de Justiça. E grande parte da responsabilidade recai sobre os métodos excessivos, porém de ‘boa-fé’, praticado por Moro e procuradores”.
Por *Plínio Bortolotti
Eduardo Cunha está na cadeia. As provas colhidas contra ele no âmbito da Operação Lava Jato já justificariam seu encarceramento. Mas Cunha tem dupla cidadania, dinheiro no exterior e poderia, sim, fugir do país. Então, mais justificada, ainda, está sua prisão.
Por Elvino Bohn Gass *
Não é a primeira vez, em pouco mais de dois anos da Operação Lava Jato, que uma prisão feita pelo juiz Sergio Moro gera debate no mundo jurídico. Tanto que o próprio magistrado se defende, no despacho que determinou a prisão preventiva de Eduardo Cunha, de críticas feitas a ele no passado.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acaba de ser preso. O pedido de prisão foi feito pelo juiz Sergio Moro após solicitação do Ministério Público Federal. Por razões distintas tem muita gente comemorando e outros nem tanto.
Por Theo Rodrigues*, no blog Cafezinho
Prisões não devem ser feitas de forma “pedagógica”, pelo clamor social, mas sim na forma da lei. Hoje é o Cunha. Amanhã poderá ser qualquer um de nós.
Por Pedro Serrano*
Diferentemente da forma como a mídia brasileira esconde a participação de Eduardo Cunha no processo de impeachment, a imprensa internacional trata o parlamentar cassado como sendo o grande artífice do golpe impetrado contra a presidenta Dilma Rousseff.
Na decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, apresenta como uma das justificativas para decretar a prisão preventiva do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) o fato de que a perda do mandato não foi suficiente para prevenir a atuação do ex-parlamentar em obstruir a investigação.
O jornal português Público foi um dos primeiros veículos internacionais a destacar a prisão de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados do Brasil.
Para cientistas políticos, a prisão de Eduardo Cunha (PMDB), determinada pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, indica uma reciclagem na política brasileira. Contudo, segundo professores da Unirio e da UFRJ, a ação não passa de uma estratégia política para legitimar a imparcialidade da operação.
A prisão do ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ocorrida nesta quarta-feira (19) pela Operação Lava Jato, foi recebida com reservas em diversos segmentos do movimento social. O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, avaliou na página do Facebook que a ação da Lava Jato contra Cunha pode também favorecer uma ofensiva mais acirrada sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por Railídia Carvalho
Em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), falou sobre a prisão do deputado Eduardo Cunha, nesta quarta-feira (18), em Brasília.
Para o líder do PCdoB na Câmara, o deputado Daniel Almeida (BA), o ex-parlamentar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) "tem um rosário de crimes que cometeu durante a atividade parlamentar" e a sua prisão, decretada nesta quarta-feira (18) é justificada.