A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (19), repercutiu entre os deputados, que debatem medida do governo ilegítimo de Michel Temer, guindado a condições de Presidente da República por ação de Cunha quando estava no exercício da Presidência da Câmara. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) foi uma das primeiras a se manifestar, estranhando o “silêncio” da mídia e dos ex-aliados de Cunha.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou a prisão de Eduardo Cunha nesta quarta-feira (19). Ele desejou que agora o deputado cassado faça delação premiada, pois assim o governo de Michel Temer cairia.
Eduardo Cunha, que foi peça-chave para articular o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, foi preso nesta quarta-feira (19) em Brasília, pela Polícia Federal que fez busca e apreensão em sua casa no Rio de Janeiro.
O filme em que o ex-presidente da Câmara, deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apanhava de uma senhora no Aeroporto Santos Dumont, é um dos mais acessados na internet, nesta quinta-feira (13). Cunha foi alvo de um protesto na véspera, ao desembarcar no Rio. Filmado por populares enquanto levava suas bagagens em um carrinho, o ex-parlamentar foi golpeado por uma mulher, idosa, aos gritos de “ladrão!” e “pega pega!”.
Nesta quarta-feira (12) fez exatamente um mês que a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Eduardo Cunha (PMDB), o herói dos “coxinhas” e auxiliar direto de Michel Temer.
Por Paulo Pimenta*
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF Celso de Mello remeteu os autos do Inquérito (INQ) 4231, no qual o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é investigado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, à Seção Judiciária do Distrito Federal em virtude da cassação do seu mandato neste mês.
A decisão da Câmara de cassar o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi justa e baseada em fatos. Ao contrário do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o ex-deputado carioca foi 'demitido' pelos colegas pelo que constava na representação do Conselho de Ética – não foi com base no 'conjunto da obra' do parlamentar nem pelas suas posições políticas. O mesmo não ocorreu com Dilma, condenada sem crime de responsabilidade, resultando em um golpe contra a democracia.
Rubens Pereira Júnior*
A cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continuar a produzir efeitos. Cunha já elegeu o seu primeiro alvo, Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e braço direito de Michel Temer.
O usurpador Michel Temer pensou que a sua estadia no Palácio do Planalto seria um passeio. Ele contava com o apoio das elites empresariais, que incentivaram e financiaram o “golpe dos corruptos”; com a cumplicidade da mídia privada, principal protagonista da conspiração; com ampla maioria nas “assembleias de bandidos” da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; e com a excitação dos “midiotas”, que saíram às ruas para rosnar pelo “Fora Dilma”.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Eduardo Cunha acabou abandonado no Plenário da Câmara dos Deputados. Por 450 votos a 10, o ex-presidente da Casa foi cassado, encerrando um ciclo de retrocessos legislativos. A queda de um dos homens mais maquiavélicos da República também representa o início de uma nova fase de resistência e luta no Parlamento.
Por Daniel Almeida*
PT, PCdoB e PSol "caíram defendendo uma ideia: a salvaguarda da democracia contra um golpe parlamentar ou a defesa das políticas dos governos petistas. Não recuaram; não se acovardaram; não capitularam a uma suposta “voz das ruas”, que sempre deve ser ouvida com cuidado, pois nem sempre está certa”.
Por *Plínio Bortolotti
A cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os efeitos que dela podem surgir continuam dando o que falar nos bastidores. Cunha não escondeu que estava magoado com os aliados e, ao atacar o braço direito de Temer, Moreira Franco, deu demonstrações de que sua ira pode se voltar contra Michel Temer.