Vivemos quase como a espinha dorsal das contradições da sociedade, uma das maiores crises de representatividade política e, consequentemente, de perspectiva. Isso se dá pela queda de qualidade de vida da população, que ao enxergar no atual comando político de seu país a culpa pelos desastres resultantes nos atrasos industriais, criam uma quase irreversível aversão às formas de condução tradicionais da política, bem como partidos e lideranças historicamente presentes no Brasil.
Por Nayara Souza
O cantor e compositor baiano Caetano Veloso criticou, através das redes sociais, o projeto conhecido como ‘Escola Sem Partido’, que pretende limitar a atuação dos professores no Brasil e que está em discussão na Câmara dos Deputados. Ele defendeu os professores, e afirmou que a proposta será um instrumento de intimidação na sala de aula.
A onda obscurantista que cobre o Brasil chegou com força nas instituições de ensino. Entender o seu sentido é um passo decisivo para combatê-la.
.A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), declarou que os trabalhos da comissão especial da dita “Escola Sem Partido”, são uma vergonha para o Parlamento. Para a parlamentar, o debate é desqualificado ao ser guiado por uma pretensão mascarada. “A Escola Sem Partido é a escola com uma única ideologia. Estão distorcendo a verdade do que se está debatendo aqui. Nós precisamos enfrentar isso com franqueza, sem possibilitar a censura, a mordaça”, defendeu.
Um acalorado debate invadiu as escolas alemãs nas últimas semanas. O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) lançou em diversos estados sites chamados Neutrale Schulen (Escolas Neutras) para que estudantes denunciem professores críticos ao próprio partido e que expressem sua opinião política em aulas. O AfD é considerado por historiadores como uma legenda de extrema-direita e parte de seus apoiadores tem conexões com grupos neonazistas.
Por Gabriel Bonis, de Berlim para a BBC News Brasil
Propostas como “Escola Sem Partido” são visceralmente anti-republicanas, na medida em que tolhem a ideia de “governos moderados”. Com efeito, se não há possibilidade de opinião, inexiste pensamento crítico e prevalece a vontade unilateral das instâncias de mando.
Por Flávio Dino*
O jornal Le Monde publica em sua edição deste domingo (18) uma extensa reportagem sobre a "cruzada" da extrema direita brasileira contra o sistema educacional, encorajada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Entre outras intenções, o diário diz que o objetivo de Bolsonaro é atenuar as críticas à ditadura.
Presidente eleito quer cobrança de taxas nas universidades públicas e transferência de recursos do ensino superior para a educação básica.
Por Thiago Resende, da DW
O parentesco entre Paulo Guedes, ministro da Economia, e Elizabeth Guedes, vice-presidente da Associação Nacional de Universidades Privadas, é incrivelmente conveniente para os privatistas do ensino.
Madalena Guasco Peixoto*
"O que objetivam implementar em nossas escolas é o projeto de um partido só: o partido da intolerância, da ameaça à nossa frágil democracia, à liberdade, à justiça e à educação".
Por Rozana Barroso
O secretário de Estado da Educação da Paraíba, Aléssio Trindade, assinou recomendação que assegura que as escolas não interfiram na liberdade de cátedra dos professores. A assinatura foi feita durante reunião no Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba, que também contou com a presença do secretário de Educação de João Pessoa, reitores das universidades públicas e privadas e diretores de escolas privadas de educação básica.
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei nº 7180/14. que institui a chamada "Escola sem Partido", também conhecida como Lei da Mordaça, reúne-se nesta terça-feira (13) para discutir o substitutivo do relator, deputado Flavinho (PSC-SP. Além dos deputados integrantes da comissão, também acompanham a audiência entidades de professores e estudantes. A matéria tem sido criticada por restringir o debate na escolas e representar um retrocesso na educação.