O governo líbio aceitou receber uma equipe das Nações Unidas para avaliar as necessidades existentes nesse país em matéria humanitaria, anunciou o escritório do porta-voz oficial da ONU, Martin Nesirky. A disposição das autoridades de Trípoli foi manifestada ao secretário- general da organização mundial, Ban Ki-moon, pelo chanceler da Líbia, Musa Kusa, durante uma conversação telefônica no domingo (6).
O premiê egípcio, Ahmed Shafiq, apresentou sua renúncia nesta quinta-feira (3), um dia antes da gigantesca mobilização convocada por setores populares que pediria sua derrubada, por vê-lo como estreito aliado do ex-presidente Hosni Mubarak.
Milhares de ativistas do movimento que derrubou Hosni Mubarak exigiram nesta sexta-feira (25) a saída do governo provisório egípcio de funcionários ligados ao ex-ditador, apesar do atual Executivo ter pedido oficialmente "desculpas" pelos erros passados.
Numerosos movimentos surgiram no Egito após a renúncia do presidente Hosni Mubarak sob o que se convencionou chamar de Revolução de 25 de Janeiro, mas nem todos são reconhecidos como legítimos pelos próprios atores dos protestos que puseram fim ao regime.
Por Adam Morrow e Khaled Moussa al-Omrani, na agência IPS
Esta primorosa reportagem da escritora e jornalista Jenna Krajeski (Egito) é uma verdadeira aula de política, sobre como pautar a construção de novos valores, como é o caso do combate à opressão de gênero, em um processo de luta social mais amplo. Jenna aborda a participação feminina nas revoltas que derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak e ouve a opinião das entidades que lutam pelos direitos das mulheres no país, sendo o mais valioso deles o próprio direito à participação política.
O grupo islâmico conservador egípcio Irmandade Muçulmana, o maior da oposição, rejeitou nesta quarta-feira a nova composição do Governo do Egito que, na sua opinião, deveria estar integrado por personalidades independentes.
Além da expulsão do tirano Hosny Mubarak do poder, absolutamente nada mais foi decidido no Egito. A única certeza é que a primeira rodada da revolução popular terminou. Mas não existe nenhuma certeza de que não existirão outras rodadas também de queda-de-braço do regime militar com os manifestantes da Praça Tahrir (Liberdade).
Por Anwar Kalil, na Africa News Agency
Cerca de 15 mil operários da Misr Spinning and Weaving, a maior fábrica do Egito, encerraram domingo (20) uma greve, após terem suas reivindicações atendidas. Os trabalhadores estavam concentrados desde quarta-feira (16) diante do prédio da administração da fábrica estatal de fiação e tecelagem, situada na cidade de al-Mahalla al-Kubra, no Delta do Nilo, desafiando advertências da junta militar de que as paralisações não seriam mais toleradas.
O Egito vai reabrir a passagem fronteiriça de Rafah, que liga o país à Faixa de Gaza, indicou neste domingo um dirigente do movimento radical islâmico Hamas, que dirige o território palestino
O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Mussa, anunciou neste sábado (19) a intenção de apresentar-se como candidato a presidente do Egito nas próximas eleições, previstas para setembro.
Diante da nova realidade egípcia aberta a partir da queda de Hosni Mubarak por conta dos massivos protestos populares, a Comissão Política Nacional do PCdoB emitiu nota em apoio aos povos da região. "Ressaltamos o papel das forças políticas progressistas do Egito, entre elas o Partido Comunista do Egito, e esperamos que o desenlace da luta em curso aponte para um novo regime, democrático, popular e anti-imperialista", aponta o documento a seguir.
Hosni Mubarak cometeu, nos últimos cinco anos, um dos maiores erros de seus 30 anos como presidente do Egito, de não aprender as lições das centenas de pequenas greves registradas nesse período.
Por Emad Mekay, na agência IPS