O país está diante de uma inusitada e inaceitável situação. Caminhamos para as eleições sem que o povo brasileiro se beneficie do debate entre os dois candidatos que chegaram ao segundo turno.
Neste sábado (20) atos nacionais em defesa da democracia ganham as ruas do Brasil. As manifestações que apoiam a chapa Fernando Haddad e Manuela d’Ávila também protestam contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e o Movimento Mulheres contra Bolsonaro contabilizam dezenas de cidades que confirmaram os atos denominados “Todos pelo Brasil”.
Por Railídia Carvalho
Em 28 de agosto, Bolsonaro publicou no Twitter um vídeo em que os empresários Luciano Hang e Mário Gazin, donos respectivamente das lojas Havan e Gazin, declaram financiar sua campanha. Pela legislação eleitoral vigente, a doação de empresas para campanhas configura crime. O vídeo reforça ação que o PT entrou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar o candidato do PSL por abuso de poder econômico e uso indevido dos veículos e meios de comunicação digital.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) manifestou preocupação nesta sexta-feira (19) com o acirramento da violência estimulada pela disseminação de fake news – notícias falsas – durante as eleições 2018.
O WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que parem de fazer envio de mensagens em massa. A empresa também baniu as contas WhatsApp associadas a essas agências. Por volta das 12h desta sexta-feira (19), o senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável, também teve seu WhatsApp bloqueado.
A diferença entre o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e o candidato do PT, Fernando Haddad, está em 6 pontos percentuais., segundo a pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta sxta-feira (19)
"Vamos fazer esse final de campanha de cabeça erguida sabendo que não temos no Brasil 50 milhões de fascistas. Nós temos milhões de pessoas enganadas, ludibriadas, iludidas pelo bombardeio de fake news agora denunciadas".
Por Renan Araújo*
Não há como negar que as ações de campanha da extrema direita, pautadas por ilegalidades, violências e coações abusivas, afrontam os mais elementares princípios democráticos.
O programa "No Jardim da Política" desta quinta-feira (18) recebeu nos estúdios da Rádio Brasil de Fato a vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Jessy Dayane. A militante sergipana estuda Direito na Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo, e criticou o silêncio das instituições diante das evidências de ilicitudes na campanha de Jair Bolsonaro (PSL).
Alguém já lembrou recentemente Thales Ramalho (1993-2004), experiente líder político, que dizia existir dois fatos na política, o fato novo e o fato consumado. Todos sabem que botar a mão na taça a dez dias de uma eleição renhida e polarizada é uma fria como pretenso fato consumado.
Organizações e coletivos de mulheres de todo o país prometem realizar novos grandes atos contra o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) no próximo sábado (20).
O metalúrgico Marcelo Toledo afirmou que parcela do empresariado brasileiro que se uniu ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro está equivocada. “Será que eles não enxergam que estão indo para o abismo?”, questionou Toledo, que é dirigente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal). Segundo o sindicalista, Bolsonaro vai aprofundar a crise, que hoje penaliza o trabalhador, mas que vai chegar ao empresariado.
Por Railídia Carvalho