Parte da classe patronal que adotou a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) também assumiu o estilo totalitário do candidato e nesta eleição, em pleno século 21, reinventou o chamado voto de cabresto, prática da velha República em que os donos de fazendas conhecidos como "coronéis"coagiam os trabalhadores a votar como queriam.
O grau de complexidade destas eleições exige um debate amplo e profundo. O segundo turno, para o qual está empenhado o elenco das forças progressistas, é que poderá explicitar ao eleitorado as consequências do desenlace da polarização Haddad versus Bolsonaro.
O Brasil tem um grande desafio para as próximas décadas: modernizar seu parque produtivo para superar as pressões externas e internas de que o Brasil siga na condição de mero exportador de matérias-primas – também chamadas de commodities. Por isso, o Plano de Governo de Haddad propõe fomentar a reindustrialização com uma alta taxa de investimento, valorizando também as commodities, mas sem deixar que determinem a economia do país.
Em entrevista ao Brasil de Fato, a socióloga Esther Solano afirmou que a saída para derrotar o avanço da direita conservadora e a ameaça à democracia representada pela campanha do ultra conservador Jair Bolsonaro (PSL) é a unidade do campo democrático num frente ampla.
Depois de ter se recusado participar do debate entre os presidenciáveis promovido pela Rede Globo, na noite desta quinta-feria (4), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) recebeu privilegiado palanque eleitoral na emissora concorrente, a Rede Record. De propriedade do bispo evangélico Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que nos últimos dias manifestou-se favorável à candidatura do militar extremista, a emissora realizou uma cordeira entrevista de 30 minutos exibida na hora do debate.
Em entrevista à rádio Super, de Mina Gerais, o candidato à presidente Fernando Haddad (PT) afirmou que o golpe de 2016, que levou Michel Temer ao poder, só trouxe prejuízos aos país, mas enfatizou que o plano econômico apresentado por Jair Bolsonaro (PSL) é pior do que o aplicado por Temer.
Em uma carta dirigida ao povo brasileiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede aos eleitores que irão às urnas neste domingo (7), que seu presente de aniversário seja o voto no candidato Fernando Haddad para a Presidência da República.
"A chapa Haddad e Manuela expressa a civilidade e modernidade, lideranças jovens, já experimentadas, expressão do que há de melhor na nova geração destinada e desafiada a encontrar um novo caminho de emancipação civilizatória para o Brasil"
A possibilidade de encerrar a eleição presidencial no primeiro turno é um sonho de uma noite de verão para os bolsonaristas.
Por Helena Chagas*
Depois da histórica mobilização do sábado (29), em que as mulheres brasileiras tomaram as ruas do país e do mundo para protestar contra a ascensão da intolerância, do machismo, da LGBTfobia e do racismo no país, representadas pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), uma nova série de manifestações #EleNão está sendo chamada para este sábado (6), o dia que antecede as eleições.
O Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) obteve nesta quinta-feira (4) liminar na Justiça para impedir que a Construtora Mânica JJR e seu proprietário, Marcelo Mânica, coagissem os funcionários a votar no candidato Jair Bolsonaro (PSL).
A reforma trabalhista foi apoiada especialmente pelos partidos MDB, PSDB, PP, DEM e PSL e aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal se tornando a Lei 13.467/2017. Em dez meses de vigência, a reforma agravou o desemprego, reduziu salários, retirou a proteção social e deu vantagens ilimitadas aos patrões, denunciam sindicalistas. Saber como votou cada parlamentar na reforma trabalhista é critério importante nestas eleições.
Por Railídia Carvalho