O secretário de produção rural do Amazonas, Eron Bezerra, entregou ao secretário adjunto de políticas agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Edilson Guimarães, proposta de convênio no valor de R$ 20 milhões a ser assinado entre o Governo do Amazonas, via Secretaria de Produção (Sepror), e o Mapa para viabilizar ração, sal mineral, sementes e mudas para os produtores rurais vitimados pela cheia. O encontro aconteceu na última sexta-feira.
A cheia no Rio Negro atingiu, na sexta-feira, 18 de maio, a marca recorde de 29,1 metros, a maior dos últimos 100 anos. Mas a situação pode ficar pior. Historicamente, as águas atingem o seu ponto máximo nos meses de junho e julho, quando aumenta o volume de chuvas na região amazônica.
As linhas de crédito especiais para proteger os agricultores afetados pela enchente deste ano foi o tema da videoconferência realizada ontem (16). O secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, e o presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas, Edimar Vizzoli, foram quem passaram as informações sobre os financiamentos aos gerentes do Idam, prefeituras, secretarias municipais de agricultura, sindicatos, associações e produtores rurais de diversos municípios.
O Governo do Estado começou a distribuir sementes e mudas para os produtores rurais atingidos pela cheia dos rios. A ação pós-enchente pretende beneficiar 43.820 agricultores de todo o Amazonas e é coordenada pela Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror). Até agora, o prejuízo estimado é da ordem de R$ 33 milhões.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) elogiou, nesta quinta-feira (10), a criação de uma linha especial de crédito para atender agricultores prejudicados pelas cheias na região Norte. O governo vai liberar R$ 350 milhões para ajudar os afetados pelas enchentes na região. Também serão liberados R$ 2,7 bilhões para as vítimas da seca no Nordeste.
Da Redação
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) alertou, nesta quarta-feira (2), para as dificuldades enfrentadas pela população do Amazonas em consequência da cheia dos rios. Ela explicou que o cenário atual está próximo ao que foi registrado no ano de 2009, quando aconteceu uma enchente grave e os rios atingiram o seu limite histórico. A senadora afirmou que tanto o governo do estado quanto o governo federal têm agido para socorrer a população, mas que a situação é das mais graves.
O secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, visita nesta quarta-feira (14), os municípios de Boca do Acre e Eirunepé para avaliar os prejuízos provocados pela enchente e anunciar as medidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para minimizá-los.
Aos poucos, o nível do Rio Acre começa a baixar. Segundo o boletim divulgado neste sábado (3) pela prefeitura de Rio Branco, o nível da água está em 13,68 metros (m), pouco abaixo da cota de transbordamento, que é 14m.
O secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, terá audiência amanhã, dia 1º de março, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir que medidas o Governo Federal pode tomar para amenizar os prejuízos causados pela enchente no Estado. A reunião acontece às 9h, em Brasília.
Em solidariedade à população do Acre, que sofre a segunda maior cheia desde 1997, a União Brasileira de Mulheres (UBM) no estado lançou uma campanha de arrecadação de leite em pó, massa pra mingau e absorventes. As ubemistas também divulgam uma conta corrente para arrecadar fundos aos desabrigados, a maioria formada por mulheres e crianças.
Após as chuvas registradas nas últimas horas, o rio Acre continou subindo neste domingo (19) e já se aproxima do nível mais alto já registrado, o que elevou para 4.122 o número de desabrigados na região próxima à fronteira com a Bolívia e o Peru, países que também foram afetados pela enchente.
Está pronto para ser analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o PLS 22/11, do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que concede isenção, anistia ou remissão fiscal de tributos a pessoas físicas e jurídicas atingidas por desastres.