Na audiência pública da CPI da Espionagem, nesta quarta-feira (9), o jornalista e advogado norte-americano Glenn Greenwald disse que podem existir mais documentos de ações de espionagem do governo norte-americano contra o Brasil. Ele afirmou que todas as informações que ele dispõe das ações contra a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia já foram publicadas.
O Brasil vai sediar no ano que vem um encontro para discutir as mudanças necessárias para a governança da internet. Após se encontrar com o presidente da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês), Fadi Chehadé, a presidenta Dilma Rousseff concordou em reunir líderes globais de diferentes setores interessados no tema.
No novo marco da internet brasileira e no quadro do enfrentamento da espionagem cibernética norte-americana e de outros países anglo-saxônicos, como se descobriu, agora, no caso do Canadá, é preciso tomar cuidado com o que se está falando, fazendo e propondo.
Por Mauro Santayana*
Ao comentar reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, sobre interceptações de comunicações de computadores, telefones fixos e celulares do Ministério de Minas e Energia pela agência de espionagem do Canadá, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), presidente da CPI da Espionagem, defendeu o fortalecimento do Sistema Brasileiro de Inteligência.
A presidenta Dilma Rousseff voltou a falar sobre espionagem na manhã desta segunda-feira (7), por meio de sua conta no Twitter. Em diversas postagens, ela fala sobre as denúncias de que o Ministério de Minas e Energia tenha sido alvo de espionagem por parte de outros países.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, divulgou, neste domingo (6), nota à imprensa, reforçando as palavras da presidenta Dilma Rousseff sobre os atos de espionagem do governo dos Estados Unidos à Petrobras. Na nota, o ministro anuncia que “estou determinando rigorosa avaliação e reforço desses sistemas e a análise do que possa ter sido objeto de espionagem”.
Os serviços de espionagem dos Estados Unidos e do Canadá colaboraram para vigiar as comunicações do Ministério das Minas e Energia do Brasil. Documentos revelados pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA, Edward Snowden, ao jornalista do britânico The Guardian, Glenn Greenwald, mostram que os e-mails e as ligações telefônicas do ministério, inclusive com empresas dentro e fora do Brasil, foram espionados através do programa informático Olympia.
A criação de um marco global para o uso da Internet, proposto pela presidenta brasileira Dilma Rousseff em sua intervenção na Assembleia Geral das Nações Unidas, ganha adeptos no cenário internacional.
O chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército, general José Carlos dos Santos, disse que o Brasil precisa dobrar o orçamento previsto para acelerar programas que permitam o incremento da segurança da informação no país. Segundo o militar, que participou nesta quarta-feira (2) de audiência da CPI da Espionagem, estão reservados atualmente, no Ministério da Defesa, R$ 400 milhões para a segurança cibernética nacional para um período de quatro anos, quando seriam necessários R$ 800 milhões.
A rejeição à larga espionagem dos Estados Unidos, uma prática violatória das normas do direito internacional, está dentro dos temas de análises do Conselho Executivo da Unesco, reunido esta semana em Paris.
A polícia federal dos Estados Unidos (FBI) usa aviões não tripulados (drones) em operações de vigilância e perseguição a suspeitos de atividades criminosas no território do país desde 2006, revela um relatório do organismo que supervisiona o Departamento de Justiça norte-americano.
Depois do discurso firme da presidenta Dilma Rousseff, na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde repudiou a espionagem estadunidense, o governo dos Estados Unidos faz ofensiva ao questionar os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil. De acordo com os EUA, seria uma estratégia para subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, o que violaria regras internacionais.