O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, denunciou nesta terça-feira (26) o governo dos Estados Unidos perante o Conselho de Segurança da ONU por financiar, organizar e liderar uma “intervenção brutal” contra a nação sul-americana.
Colômbia, Peru, Brasil e Chile se recusaram a apoiar uma intervenção militar ou qualquer outro tipo de uso da força no caso venezuelano; Em reação, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, anunciou sanções contra a Venezuela.
Depois da eleição de Donald Trump, ficou muito mais difícil de prever o futuro do sistema mundial e as mudanças súbitas da política externa norte-americana, em particular com relação às Grandes Potências. Mas num aspecto, tudo ficou mais claro e transparente: o comportamento dos Estados Unidos frente aos países da “periferia” do sistema.
Existe um país que tem uma política externa de agressão e guerra, são os Estados Unidos da América do Norte. Isto não é uma opinião, nem uma crítica, mas um registro estatístico.
Como os EUA e o Grupo de Lima transformaram a Venezuela em um barril de pólvora. O Brasil de Fato produziu uma linha do tempo sobre a ingerência dos EUA na soberania do país caribenho em 2019.
A divulgação, quase em tempo real, dos preparativos para uma intervenção comandada pelos Estados Unidos contra o estado soberano da Venezuela ameaça a paz em todo o continente sul-americano. A ação intervencionista anuncia-se travestida de ajuda humanitária, supostamente para amenizar as dificuldades vividas pelo povo venezuelano.
A criminalização da política e a promessa de eliminar a “ideologia de esquerda” resultou na vitória da anti-política. Se fosse possível resumir em uma única frase o que levou à vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, talvez essa fosse a mais abrangente e emblemática. Claro, há muito mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar a nossa vã filosofia, como disse William Shakespeare há mais de 400 anos.
Por Renata Mielli, na revista América Latina en Movimiento
Senador disputará mais uma primária à Presidência após perder para Hillary Clinton em 2016. Apesar da derrota, suas ideias progressistas se disseminaram pelo Partido Democrata.
Por Paulo Guimón, no El Pais
A incorporação de um general brasileiro ao Comando Militar Sul dos Estados Unidos representa uma perigosa volta ao passado. Negociações desse tipo entre países periféricos e potência imperial nunca são vantajosas para os primeiros
Por Gilberto Maringoni, no jornal GGN
A China acusou os Estados Unidos de tentarem atrapalhar o desenvolvimento industrial da nação asiática. Nesta segunda-feira (18), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, respondeu firmemente ao vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que classificou a gigante chinesa Huawei e outras fornecedoras de equipamentos de telecomunicações como “uma ameaça à segurança”.
Há poucos anos, a maioria dos membros do Partido Democrata, nos Estados Unidos, tinha medo de se dizer “liberal” – o termo para esquerdista no vocabulário político norte-americano. Agora, parte da maior legenda de oposição ao presidente Donald Trump e a seu Partido Republicano abraça o socialismo com naturalidade. É o que aponta artigo assinado por Edward Luce no tradicional diário britânco Financial Times, com o título “EUA vivem um inesperado alvorecer do socialismo”.