Entre as vitórias da direita neste começo de 2010 – da aparente estabilização do golpe em Honduras à do ex-pinochetista Piñera no Chile – uma tem um significado muito especial. Refiro-me à vitória do republicano Scott Brown contra a democrata Martha Coakley para o mandato-tampão como senador pelo Estado de Massachussets, nos Estados Unidos, no lugar vago pela morte de Ted Kennedy.
Por Flávio Aguiar*, em Carta Maior
Em uma decisão que pode escancarar as portas das milionárias campanhas políticas nos EUA para uma nova enxurrada de fundos privados, a Suprema Corte do país decidiu nesta quinta-feira (21) derrubar uma lei que proíbe corporações de usarem verba de caixa para pagar propagandas para candidatos.
Barack Obama tomou posse há exatamente um ano como um super-herói negro e pacifista. Os Estados Unidos passavam por uma das maiores crises de sua história: a economia ia mal, havia duas guerras em andamento e a popularidade do país na comunidade internacional estava no chão. Mas a euforia em torno do 44º presidente norte-americano durou pouco, o tempo de se perceber que só mesmo com super-poderes Obama conseguiria cumprir tantas promessas.
Em um duro golpe ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o republicano Scott Brown venceu a eleição para o Senado em Massachusetts na terça-feira e prometeu ser o voto decisivo contra a reforma de saúde proposta pela Casa Branca.
A tentativa de um nigeriano de 23 anos de detonar uma bomba num avião com destino a Detroit tornou-se a desculpa para o regresso à pior histeria da "guerra contra o terrorismo" do período pós-11 de Setembro.
Por Alan Maass, em Esquerda.net
O Agrupamento de Negros do Congresso dos EUA está cada vez mais impaciente com Obama, e esta tensão política começa a aparecer na imprensa. O grupo sente que Obama não deu suficiente atenção para o fato de as atuais dificuldades econômicas terem tido um impacto muito superior sobre os afro-americanos e outros grupos minoritários que sobre o resto da população, o que acarreta a necessidade de acorrer a necessidades suplementares.
Por Immanuel Wallerstein, em Esquerda.net
Parte do sofrimento no Haiti é "Feito nos Estados Unidos". Se um terremoto pode danificar qualquer país, as ações dos Estados Unidos ampliaram os danos do terremoto no Haiti. Como? Na última década, os Estados Unidos cortaram ajuda humanitária ao Haiti, bloquearam empréstimos internacionais, forçaram o governo do Haiti a reduzir serviços, arruinaram dezenas de milhares de pequenos agricultores e trocaram apoio ao governo por apoio às ONGs.
Por Bill Quigley, no Huffington Post
Nos últimos dias, os meios de comunicação têm sido inundados com notícias sobre o ataque frustrado ao vôo 253 Northwest Airlines no Natal. Quando Umar Farouk Abdulmutallab, agora conhecido como "o homem do explosivo na roupa de baixo", falhou em seu suposto ataque, cerca de 300 pessoas foram salvas do que provavelmente teria sido um final horrível e violento. A partir disso, foi reiniciado um debate sobre o terrorismo e a melhor forma de proteger o povo americano.
Por Amy Goodman, no La Jornada
O Afeganistão foi o assunto que dominou a cobertura internacional nas três principais redes de televisão dos Estados Unidos em 2009, segundo a edição anual do Informe Tyndall. Apesar da contínua presença de mais de cem mil soldados norte-americanos no Iraque, o Afeganistão recebeu cobertura quatro vezes maior nos noticiários noturnos de 30 minutos das redes de TV abertas ABC, CBS e NBC, principais fontes de notícias para a maioria dos habitantes dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende pedir ao Congresso 33 bilhões de dólares em verbas emergenciais para ampliar o contingente militar no Afeganistão neste ano, disseram fontes da Defesa na quarta-feira. A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quarta que mais de 2.400 civis morreram no Afeganistão em 2009, o ano mais letal para não combatentes desde a derrubada do Taliban, em 2001.
Organizações defensoras dos direitos humanos acreditam que a decisão do governo dos Estados Unidos de reforçar os controles dos viajantes procedentes de 14 países, em sua maioria islâmicos, não será eficaz e causará discriminação. O governo de Barack Obama anunciou que submeterá os cidadãos dessas 14 nacionalidades que voarem para os Estados Unidos a maiores controles nos aeroportos, incluindo a revista exaustiva e o uso de scanners corporais.
Os planos do Pentágono dos EUA para o envio de um gigantesco número de fuzileiros navais à África estão prontos e, naturalmente, muito antes da “fracassada tentativa” do nigeriano Omar Farouk Abdulmoutalami de explodir o avião da Delta Airlines. Tentativa que abriu o front inteiro da África, e não só da Somália.
Por Idálio Soares, da Africa News Agency