O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou a inteligência dos Estados Unidos de invadir a conta de e-mails de funcionários bolivianos de alto escalão. Ele acrescentou que fechou a sua própria conta de correio eletrônico.
Homenagens ao falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, o desejo de reintegração do Paraguai e mensagens de repúdio ao bloqueio aéreo imposto por países europeus ao líder boliviano Evo Morales e à espionagem promovida pelos Estados Unidos deram o tom das falas dos chefes de Estado do Mercosul nesta sexta-feira (12), durante cúpula realizada em Montevidéu.
Por Vitor Sion* enviado especial do Opera Mundi a Montevidéu
Constitui um ato da maior gravidade a interdição do espaço aéreo ao avião de Evo Morales por quatro países da UE, incluindo Portugal, e o posterior sequestro de facto do Presidente boliviano durante quase 14 horas após a aterragem de emergência em Viena, no seu regresso de Moscou. Trata-se de uma violação das normas e convenções internacionais sem precedentes em tempo de paz, justamente qualificada pelo Governo de La Paz como “terrorismo de Estado”.
Por Luís Carapinha*, no jornal Avante!
A OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu para que os governos de Portugal, Espanha, Itália e França se desculpem por terem negado acesso ao espaço aéreo ao avião presidencial da Bolívia na semana passada. Em reunião extraordinária do Conselho Permanente nesta terça-feira (9), a entidade se uniu ao coro de Mercosul e Unasul em solidariedade ao presidente Evo Morales e em repúdio ao comprotamentos dos países europeus.
A prisão e, de fato, o sequestro sofrido por Evo Morales, por 14 horas, em Viena, em sua acidentada viagem de volta de Moscou, mostra claramente que os governos europeus e as classes dominantes, as quais representam e em cujos interesses atuam, são meros servos do Império.
Por Atilo Borón*, no Correio da Cidadania
O embaixador boliviano para a ONU, Sacha Llorenti, informou na última sexta-feira (5) que mais de 100 países membros da organização condenarão o ataque de países europeus ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que foi forçado a fazer uma escala de 13 horas na Áustria depois que França, Itália, Espanha e Portugal não permitiram que seu avião sobrevoasse seus espaços aéreos na última terça (2).
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) emitiu uma nota na quinta-feira (4)em repúdio ao incidente com o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, proibido de sobrevoar o o espaço aéreo de Portugal, França, tália e Espanha. Leia a íntegra da nota.
O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, afirmou nesta sexta-feira (5) que o tratamento dado ao chefe de Estado da Bolívia, Evo Morales, cujo avião esteve retido em Viena por mais de 13 horas, "foi ridículo e inaceitável".
O ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, afirmou que o país não fechou o espaço aéreo ao avião do presidente boliviano, Evo Morales, e por isto "não tem que pedir desculpas" como exigiram vários presidentes sul-americanos.
Os presidentes da União de Nações Sul-americanas (Unasul) condenaram os governos da Itália, França, Portugal e Espanha pelo agravo ao presidente Evo Morales "que ofende não somente o povo boliviano, mas tidas as nossas nações ".
O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou nesta quinta-feira (4) que o povo e governo boliviano não se conformarão com uma desculpa por parte das nações europeias que não permitiram o uso do espaço aéreo e tomará medidas diante de organismos internacionais.
Os representantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – que está temporariamente suspenso) cobraram, nesta quinta-feira (4), explicações e pedidos de desculpas dos governos da França, de Portugal, da Espanha e da Itália sobre o veto ao avião do presidente da Bolívia, Evo Morales.