A prisão e, de fato, o sequestro sofrido por Evo Morales, por 14 horas, em Viena, em sua acidentada viagem de volta de Moscou, mostra claramente que os governos europeus e as classes dominantes, as quais representam e em cujos interesses atuam, são meros servos do Império.
Por Atilo Borón*, no Correio da Cidadania
O embaixador boliviano para a ONU, Sacha Llorenti, informou na última sexta-feira (5) que mais de 100 países membros da organização condenarão o ataque de países europeus ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que foi forçado a fazer uma escala de 13 horas na Áustria depois que França, Itália, Espanha e Portugal não permitiram que seu avião sobrevoasse seus espaços aéreos na última terça (2).
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) emitiu uma nota na quinta-feira (4)em repúdio ao incidente com o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, proibido de sobrevoar o o espaço aéreo de Portugal, França, tália e Espanha. Leia a íntegra da nota.
O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, afirmou nesta sexta-feira (5) que o tratamento dado ao chefe de Estado da Bolívia, Evo Morales, cujo avião esteve retido em Viena por mais de 13 horas, "foi ridículo e inaceitável".
O ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, afirmou que o país não fechou o espaço aéreo ao avião do presidente boliviano, Evo Morales, e por isto "não tem que pedir desculpas" como exigiram vários presidentes sul-americanos.
Os presidentes da União de Nações Sul-americanas (Unasul) condenaram os governos da Itália, França, Portugal e Espanha pelo agravo ao presidente Evo Morales "que ofende não somente o povo boliviano, mas tidas as nossas nações ".
O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou nesta quinta-feira (4) que o povo e governo boliviano não se conformarão com uma desculpa por parte das nações europeias que não permitiram o uso do espaço aéreo e tomará medidas diante de organismos internacionais.
Os representantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – que está temporariamente suspenso) cobraram, nesta quinta-feira (4), explicações e pedidos de desculpas dos governos da França, de Portugal, da Espanha e da Itália sobre o veto ao avião do presidente da Bolívia, Evo Morales.
Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norte-americano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos.
Por Eduardo Febbro*, na Carta Maior
A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou nota em solidariedade ao povo boliviano depois dos governos europeus terem negarem o uso do espaço aéreo ao presidente do país, Evo Morales. Abaixo, o documento na íntegra.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou nesta quinta-feira (4) que a agressão contra Evo Morales, que foi impedido de ingressar no espaço aéreo da Itália, França, Espanha e Portugal demonstra o nível de desespero dos Estados Unidos.
A reunião extraordinária marcada para esta quinta-feira (4) à tarde em Cochabamba, na Bolívia, para aprovar um ato de desagravo ao presidente Evo Morales, deve contar com a presença de sete presidentes, além dos representantes dos demais países, que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O Brasil será representado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo dos Santos.