A invasão terrestre de Gaza, em cuja fronteira estão postados dezenas de veículos blindados, parece cada vez mais iminente depois que o governo israelense aprovou a incorporação de 75 mil reservistas, a maior mobilização de tropas no país em décadas.
Ataques israelenses destruíram a sede do governo do Hamas neste sábado (17). O edifício foi visitado horas antes pelo premiê egípcio Hisham Qandil, que está na região para negociar a paz. "Atacamos esta noite a sede de Ismail Haniyeh no norte da Faixa de Gaza", confirmou à Agência Efe um porta-voz militar israelense.
A decisão de Israel atacar a Faixa de Gaza a poucos meses das eleições gerais é vista por setores da esquerda local como uma possível estratégia para acumular popularidade nas urnas. Políticos e imprensa se questionam se Netanyahu iniciou a operação aérea na tentativa de desviar a atenção da opinião pública de outras questões prementes, como, por exemplo, a economia e a deterioração do estado de bem-estar social.
O governo de Israel autorizou a convocação de 30 mil reservistas diante de uma nova invasão de tropas terrestres à Faixa de Gaza. A iniciativa ocorre depois do assassinato do chefe militar do Hamas e do bombardeio ao território palestino.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, qualificou como "agressão selvagem" os ataques por parte de Israel na Faixa de Gaza.
O chefe do grupo xiita libanês Hezbolá, xeque Hassan Nasrallah, condenou nesta quinta-feira (15) a ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza e pediu aos países árabes que pressionem os Estados Unidos e Israel para deter o que qualificou como uma "monstruosa agressão contra os palestinos".
O primeiro-ministro do Egito, Hisham Qandil, chegou nesta sexta-feira (16), à Faixa de Gaza para apoiar os palestinos e tentar um acordo de cessar-fogo na região. Ele desembarcou na área após uma noite em que Israel disparou contra mais de 130 alvos no território e militantes palestinos dispararam 11 foguetes de Gaza.
O Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) demandou nesta quinta-feira (15) uma ação decisiva do Conselho de Segurança da ONU frente a nova campanha militar de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza.
Há quase quatro anos do início da operação "Chumbo Fundido", quando mais de 1,3 mil palestinos e 13 israelenses foram mortos em uma das mais sangrentas ofensivas militares na Faixa de Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, o governo israelense lança nova investida contra o território, sob bloqueio desde 2006.
Aviões israelenses atacaram três vezes, na madrugada desta terça, áreas a oeste da Faixa de Gaza, que há mais de duas semanas é alvo de bombardeios aéreos que já causaram a morte de seis civis, segundo a contagem oficial.
A aviação israelense bombardeou mais duas localidades na Faixa de Gaza e ameaça novos e maiores ataques, na continuação de uma onda de agressões.
Ataques da aviação israelense e disparos de artilharia reativa da Faixa de Gaza tornam crítica a situação neste território, vítima de um bloqueio total e de persistentes agressões do exercito de Tel Aviv.