Lei prevê prisão de seis meses a três anos para quem fizer saudações, vender memorabilia ou fizer propaganda na internet. Projeto ainda precisa passar pelo Senado
Para o juiz e doutor em Direito Rubens Casara, elementos do fascismo contribuem para formar um pensamento homogêneo que elimina a diferença, só admitida "se puder ser transformada em mercadoria"
Com a crescente maré conservadora e autoritária global, ondas de ódio tem atingido a sociedade brasileira com frequência horrenda. Não levar seus impulsionadores a sério é um risco e não intervir pode ser um equívoco danoso, capaz de dar espaço à efervescência de discursos fascistas.
Por Pedro Carvalho Oliveira*, no Le Monde Brasil
Na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, alguns grupelhos de extrema-direita ganharam os holofotes da mídia. Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua, Revoltados Online, Nas Ruas e outros ainda mais caricatos viraram capa de jornais e foram parar nas telinhas das televisões.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Crença na supremacia branca, antissemitismo, homofobia e intolerância política são alguns dos pontos que os unem.
Por Vera Kern, da DW
“O que vemos é um salve-se quem puder. Desde a 'farra cívica' de nobres deputados na sessão da Câmara Federal naquele domingo 17 de abril de 2016, que autorizou a instauração do processo de 'impeachment' da presidente Dilma, sem crime de responsabilidade, o Brasil agoniza”.
Por *Jesualdo Farias
Sem projeto, sociedade pode escorregar para espiral de medo, ódio e exceção permanentes. Certos grupos são vistos como “inimigos” – portanto, privados de qualquer direito. É neste ambiente morboso que rasteja o deputado.
Por Eduardo Migowski*, Outras Palavras
Sonia Maluf, jornalista e doutora em Antropologia afirma que a melhor resposta ao fascismo é a radicalização na luta pela democracia.
"Humanizar não é necessariamente compartilhar a dor do outro – principalmente quando o outro não é seu querido. Humanizar é respeitar essa dor. É guardar suas críticas para um debate civilizado no momento adequado. Saibamos extrair, de todas essas histórias, as lições de solidariedade e de delicadezas incondicionais que, sim, surgiram em meio à desordem”.
Por *Daniela Nogueira
O ex-secretário nacional de Juventude Bruno Júlio e o deputado federal Major Olímpio (SD-SP), que deram declarações em defesa dos massacres observados nos presídios de Amazonas e Roraima nos últimos dias, serão alvo de ações por incitação à violência. Bruno Júlio, por meio de pedido de investigação contra ele no Ministério Público, pela prática dos crimes de apologia ao crime e incitação ao homicídio.
A síntese das manifestações de domingo: apesar do intenso apoio midiático e da estrutura de convocação pela rede, os atos de hoje – "contra a corrupção" e em apoio ao juiz Moro – tiveram queda significativa de mobilização.
Analistas políticos da maior seriedade têm alertado para o crescimento das correntes neofascistas no mundo. A vitória de Donald Trump nos EUA reforçou o coro sobre esta avalanche reacionária que coloca em risco a própria sobrevivência da humanidade. A eleição deste domingo (4) na Áustria, porém, serviu como um certo alívio diante destas avaliações alarmantes.
Por Altamiro Borges*, em seu blog