Não foi um “rolezinho”, nem um flash mob. O que aconteceu na Câmara dos Deputados na quarta-feira (16) foi uma grave e preocupante agressão à democracia e à Constituição.Um grupo de agitadores fascistas (a mando de quem?) agrediu o Congresso e todos os brasileiros exigindo a volta da ditadura militar (que é repudiada pelas Forças Armadas) e, embora detidos e conduzidos para depoimento na PF, logo depois viu cair sobre eles e sobre seu crime um obsequioso silêncio.
Por João Guilherme Vargas Neto*
Uma sucessão de acontecimentos dos últimos dias mostra que parte das sementes lançadas pelos derrotados das eleições de 2014, infelizmente, vingou e apresenta seus ramos. O objetivo de incendiar o país, fomentando a intolerância e o discurso de ódio junto aos protestos pelo impeachment de uma presidenta democraticamente eleita, se cumpriu em uma parcela preocupante da população.
Por Carina Vitral*, no Conversa Afiada
“A direita conservadora dissemina o ódio e desqualifica qualquer tentativa progressista de se governar. Vem sendo assim no Brasil. E vem sendo assim no mundo, que parece estar doente”.
Por * Wil Pereira
Em 23 de fevereiro de 1981, o tenente-coronel Antonio Tejero Molina, da Guarda Civil espanhola, invadiu, com uma tropa de 200 homens, o Congresso dos Deputados das Cortes, em Madri, ao tempo em que era juramentado o primeiro-ministro Leopoldo Calvo Sotelo. Exigiam os revoltados a constituição de um governo de salvação nacional sob o comando do General Alfonso Armada.
Por Eugênio Aragão*
Depois do episódio lamentável desta quarta-feira (16), em que cerca de 40 manifestantes paralisaram a Câmara dos Deputados para pedir uma intervenção militar no Brasil, as centrais sindicais se reuniram e emitiram uma nota oficial de repúdio ao gesto.
A manifestação fascista no interior do Congresso coloca em evidência a fragilidade das instituições democráticas brasileiras e sublinha a ideologia fascizante dos grupos que, aproveitando a porta aberta pelo PMDB (de Cunha, Jucá e Temer) e pelo PSDB, procuram instaurar uma nova ordem política de direita, no único modelo que reconhecem: a ditadura militar.
Por Alexandre Weffort*
Vitória de Trump sela o declínio da ordem mundial presidida pelos EUA. Como há um século, virão tempos áridos — e o fascismo é ameaça real. Para enfrentá-lo, é preciso nova esquerda
Por Jerome Roos, em Jacobine
Parece que o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo recém-criado de extrema direita, está obcecado com a ideia de repetir os “feitos” do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), ação promovida por jovens favoráveis à ditadura militar que perseguia e matava contrários ao regime. Com pouca adesão, porém com um grande arsenal de armas de fogo e sede de violência, o bando vem invadindo as escolas que estão ocupadas contra a Reforma do Ensino Médio, provocando cenas de pânico entre os estudantes.
Apesar da pouca cobertura da mídia nacional e de sofrerem recentes ataques fascistas, os estudantes paranaenses seguem ocupando 850 escolas, reivindicando a imediata revogação da PEC 241 e a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio. Neste fim de semana, 40 pessoas ligadas ao grupo de extrema direita Movimento Brasil Livre (MBL), promoveram cenas de pânico nas escolas ocupadas, arrombando escolas e agredindo alunos.
Por Laís Gouveia
A primeira atitude de Temer, entronizado, foi iniciar o desmonte das modestas, mas fundamentais conquistas obtidas sob os governos petistas.
Mais de 15 mil pessoas manifestaram-se neste sábado (24), em Helsinque, contra o racismo e a violência da extrema-direita, após a morte de um homem que foi atacado numa concentração neonazista.
Em 1942, com a idade de dez anos, ganhei o prêmio nos Ludi Juveniles (um concurso com livre participação obrigatória para jovens fascistas italianos – o que vale dizer, para todos os jovens italianos). Tinha trabalhado com virtuosismo retórico sobre o tema: “Devemos morrer pela glória de Mussolini e pelo destino imortal da Itália?” Minha resposta foi afirmativa. Eu era um garoto esperto.