Trago um assunto indigesto. Não trata, como de costume, do futebol das mulheres e suas nuances tão peculiares. Falo hoje com o coração de uma torcedora desalentada e com a razão com a qual procuro permear os rompimentos, as dificuldades e as feridas da vida.
O desafio das nossas vidas é sempre conseguir subir. Aprendemos desde cedo que devemos tentar uma ascensão social; seja nos estudos, financeiramente, enfim. Buscamos sempre uma estabilidade que é idealizada; tentamos escalar um cume para isso (mesmo que o desafio de escalar seja só para tirar uma foto bonita e depois retornar). Mas, e descer? Cair mesmo ao ponto de chegar ao fundo do poço?
“O machismo é o medo dos homens das mulheres sem medo.”
(Eduardo Galeano)
“Feminazis”, “mal-amadas”, “vitimistas”, “suvaco cabeludo”, “cheias de mimimi”, “vão lavar louça” etc etc etc. Por que será que mulheres lutarem por direitos e pela equidade de gênero, na arquibancada e fora dela, incomoda tanto???
Uma coisa que aprendi há tempos foi que quando algo parece que chegou ao fundo do poço,vem alguém pra jogar uma pá e ir mais fundo. A IFAB, que é um órgão da FIFA responsável pelas regras do futebol divulgou no sábado, 17, o projeto Play Fair! que promete “revolucionar” o futebol.
Não é preciso ser biólogo para saber que o corpo feminino é diferente do masculino, como não é preciso ser estilista para perceber que mulher, em geral, se veste de forma diferente de homem. Mas foi apenas com pressão que as torcedoras corinthianas conseguiram que a patrocinadora disponibilizasse o modelo feminino da camisa 2.
Eles surgiram há dois anos para inserir o público gay no esporte e contam com mais de 40 jogadores Em julho, será realizada a Taça Unicórnio da Diversidade, envolvendo três times de São Paulo e Rio de Janeiro
"O encontro aconteceu sob a compreensão de que o machismo é culturalmente construído, incorporado e reproduzido até de forma inconsciente e involuntária, inclusive pelo sexo feminino".
Penélope Toledo*
O Museu do Futebol, na zona oeste da capital paulista, recebeu hoje (10) o 1° Encontro Nacional de Mulheres de Arquibancada. Cerca de 350 mulheres de torcidas e coletivos de 11 estados brasileiros foram ao evento. O objetivo é discutir a participação feminina nos estádios e estratégias contra o machismo nas torcidas.
Fala-se tanto de ódio eterno ao futebol moderno. Começou tímido, hoje em dia rola uma boa galera falando disso. O engraçado é que como tudo, isso também virou um discurso vazio.
Transmissão de amistoso do Brasil será feita pelas TVs Brasil e Cultura, além do Facebook. O império da família Marinho no esporte mais popular do país estaria abalado?
Por Glauco Faria, para a RBA*
Embora em condições bastante distintas, já que a ameaça de ficar fora da Copa do Mundo pelo lado argentino contrasta com a euforia brasileira após a confirmação da vaga na Rússia, o encontro entre o estreante Jorge Sampaoli e o consolidado Tite tem um peso simbólico para o futebol sul-americano.
Como escrevi em meu mais recente texto no Portal Vermelho, a Premier League inglesa é o campeonato nacional de futebol com a divisão do dinheiro da TV que mais se aproxima do ideal de justiça como equidade de John Rawls. Um ideal que está muito distante da realidade de apartheid futebolístico brasileiro.