Domínio da Globo na transmissão dos jogos da Seleção e dos clubes nacionais favorece times grandes e impede acesso de torcedores ao esporte.
Por André Pasti*
Luiz Fernando Bindi, amigo geógrafo, dono de texto e sensibilidade raras e de um rombo de saudade em meu coração, era desses torcedores de verdade do Juventus. E quando digo “de verdade”, não o comparo aos que só tem o Moleque Travesso como clube – estes poucos e adoráveis e necessários seres na contramão da cidade -, mas àqueles que são capazes de se emocionar na Rua Javari e levar esta emoção até o travesseiro, lá pela meia-noite.
Torcedoras corintianas e juventinas viveram, no domingo (22), mais um episódio do recrudescimento da repressão por parte da Polícia Militar, sintoma do crescente processo de criminalização das torcidas em São Paulo.
Por Felipe Bianchi*
É só abrir a janela de contratações, que começam as especulações. Embebidos/as de esperança, os/as torcedores/as vislumbram seus clubes recheados dos craques de primeira grandeza anunciados pelos jornais e programas esportivos. Mas quando o time se forma, a realidade é outra.
Laureano Bisan-Etame mora na cidade espanhola de Dos Hermanas desde que tinha três anos, mas seu nascimento em Kirbi, Camarões, em 1977, garantiu-lhe um passaporte africano e a chance de disputar um Mundial aos 18 anos. Numa entrevista ao jornal El Pais, Lauren falou sobre a realidade dos jogadores e do futebol africano e sobre a Copa Africana de Nações que se realiza no Gabão.
Em tempos de campeonato inglês com quase nenhum jogador da Inglaterra no campo, clubes que emergem de anos na segunda divisão para figurar entre os maiores do mundo com rios de dinheiro por trás, como o Manchester City, e onde torcedores assistem partidas de futebol da mesma forma que peças de teatro, o livro de fotos “Football – The Golden Age”, apresenta quase um outro esporte. Como a própria publicação traz em sua capa, “imagens extraordinárias de 1900 até 1985”.
Copa do Mundo é tão gostoso, que dá vontade de que não acabe nunca. Os melhores jogadores do planeta se enfrentam, a multiplicidade cultural se espalha pelas arquibancadas, é carnaval a cada esquina. Mas aí vem a Fifa e, adivinhem, dá um jeito de estragar.
Maradona já nos alertou há tempos: lá nos idos dos anos 90 ele criticou ferozmente a FIFA e muitos diziam: "ah, é opinião de um jogador em franca decadência". O tempo passou e nos mostrou que algumas coisas ditas naquela época estavam certas, como a questão do "El potrero y la pelota no se manchan".
Na segunda parte da reportagem no bairro de Sankt Pauli, em Hamburgo, a equipe amadora que revoluciona o que se entende por futebol — mais até que o próprio irmão famoso
Por Thales Machado, do Puntero Izquierdo
Fomos até Hamburgo, na Alemanha, conferir os mitos, as verdades as histórias e as lições do bairro que abriga o time mais revolucionário do futebol mundial.
Por Thales Machado, do Puntero Izquierdo
Antigamente eu era parte da festa. A arquibancada era uma extensão do campo e eu jogava junto com o meu time. E promovia um espetáculo lindo de cores, luzes e sons. Bandeiras tremulando, coreografias, cantos de incentivo durante os 90 minutos. Era gostoso, ajudava o meu clube e era bonito de arrepiar.
Por Penélope Toledo
Quarta-feira (4) foi dia de clássico. E não era um qualquer, era simplesmente o mais romântico e charmoso da cidade de São Paulo, o derby dos imigrantes com o Juventus da Mooca e a Portuguesa como protagonistas.
Por Guadalupe Carniel*