Um dos mistérios mais obscuros da crise política que atingiu o Brasil nos últimos meses (conforme relatado inúmeras vezes pela Intercept) tem sido a ausência completa de pesquisas de opinião nos grandes meios de comunicação e órgãos de pesquisa do país.
Por Glenn Greenwald e Erick Dau
(The English version)
A Avenida Paulista foi palco de uma marcha fúnebre na noite de quinta-feira. Um grupo de manifestantes realizou um enterro simbólico do PiG. Teve até um caixão, representando os grandes nomes do Partido da Imprensa Golpista.
Em mais uma operação cinematográfica, batizada de “Boca Livre”, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas na manhã desta terça-feira (28) acusadas de desvio de recursos públicos através das isenções fiscais previstas na Lei Rouanet. Segundo as investigações, o grupo mafioso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 180 milhões em projetos “culturais”.
Por Altamiro Borges*
“A Globo é a única que transmite gratuitamente em TV aberta, como também fazemos com o futebol brasileiro há 40 anos. Mas protestar é direito do cidadão.” Galvão Bueno, na TV Globo, em 02.03.2016, ao falar sobre protesto de torcedores do Corinthians.
Por Luiz Carlos Azenha*, no blog Viomundo
A escolha de Nayara Justino como Globeleza, no final de 2013, e sua retirada do posto meses depois formam um dos episódios mais emblemáticos de racismo velado e declarado na história recente da TV brasileira.Vítima de depressão após ataques racistas, ela diz que se sentiu usada pela TV Globo. O caso foi tema de reportagem (no final da matéria) do jornal The Guardian. No dia 1º de maio, Nayara voltou à TV com participação marcante na novela "Escrava Mãe", da Record.
O esforço da rede Globo em reduzir a ilegitimidade de Michel Temer resultou no primeiro protesto nacional contra o presidente golpista. Em centenas de cidades brasileiras ocorreram protestos durante a entrevista de Temer ao programa Fantástico.
A imprensa brasileira é grotesca, para não dizer coisa pior. Cabe a ela ter ética, imparcialidade e senso de realidade dos fatos, sempre fiel à verdade. Como disse, ela é grotesca, não cumpre com a decência e a honradez de sua missão: informar, isenta de interesses mesquinhos que gerem ganhos a uma parcela privilegiada.
Por Francisco Julio Xavier*
A operação de guerra para forçar a aprovação do impeachment da presidenta Dilma já está montada. O correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, usou todos os expedientes para apressar e manobrar a votação. Já a bilionária famiglia Marinho, dona da Rede Globo e acusada de sonegação de impostos e de outros crimes, montou um verdadeiro show para o próximo domingo (17).
Por Altamiro Borges
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançou uma conclamação para uma grande ação contra a Rede Globo neste dia 1º de abril. O objetivo é inundar as redes e as ruas denunciando as mentiras do grupo da famiglia Marinho. Nas redes sociais será usada a hashtag #MentiraÉNaGlobo para dizer ao maior monopólio de mídia do país que não somos bobos. Leia abaixo o documento do FNDC:
A sucessiva multiplicação de palavras de ordem, faixas e cartazes contrários ao Grupo Globo nas manifestações populares a favor da democracia e a rejeição estampada nas redes sociais – inclusive expressada por artistas contratados – começa a preocupar anunciantes. O temor de algumas companhias é que este movimento possa crescer e expor ao risco as suas marcas e o consumo dos seus produtos.
“Vou dar um exemplo que me chocou. Fui a uma reunião de pauta do Jornal Nacional, e o William Bonner liga para o Gilmar Mendes, no celular, e pergunta. ‘Vai decidir alguma coisa de importante hoje? Mando ou não mando o repórter?’. ‘Depende. Se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa importante.’”
Por Paulo Nogueira*, no DCM
Não é novidade para ninguém o papel de protagonista político que a Rede Globo adquiriu no Brasil desde os males de sua origem (na ditadura civil-militar) até o momento atual. Sempre apoiando o “Partido da Ordem”, se revelou tendenciosa, parcial, seletiva em tudo o que se refere a algo classificado como pauta de esquerda, ainda que essa definição seja vaga e imprecisa.
Por Reginaldo Nasser*