O Partido Comunista Português divulgou em seu site nesta quarta-feira (31) uma nota condenando o golpe de Estado parlamentar que depôs a presidenta legítima Dilma Roussef e instalou no poder o golpista Michel Temer.
Para dizer não ao golpe de Estado que teve seu desfecho nesta quarta-feira (31) com o afastamento definitivo da presidenta legítima Dilma Rouseff, manifestantes seguem saindo às ruas, reivindicando a volta do regime democrático no país. No fim da tarde, cinco capitais promoverão atos contra o impeachment sem fundamentos legais que foi aprovado no Senado.
A mídia internacional qualifica o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff como golpe. Jornais da Europa, dos Estados Unidos, da Ásia e da América Latina retratam o processo como ele realmente é, um golpe de Estado que procura depor a presidenta e "matar a Lava Jato", como acusa o britânico The Guardian.
A presidenta Dilma foi definitivamente afastada pelo Senado Federal, apesar de não ter sido provado nenhum crime de responsabilidade. O golpe na democracia afetará profundamente a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade e dos brasileiros e brasileiras que mais precisam da manutenção e ampliação dos direitos e das políticas públicas, tanto hoje quanto no futuro.
Por Vagner Freitas*
A União Nacional dos Estudantes (UNE) entidade que há décadas luta em defesa da democracia e do povo brasileiro, lançou uma nota nesta quarta-feira (31) reafirmando seu posicionamento em não reconhecer o governo golpista de Michel Temer. A presidenta Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da presidencia em votação que ocorreu no Senado nesta quarta-feira (31).
A União Brasileira de Mulheres (UBM) emitiu uma nota rechaçando a provação do impeachment ocorrido nesta quarta-feria (31) no Senado, que afastou definitivamente Dilma Rousseff da presidência. Segundo a entidade, é fundamental que a denuncia do golpe de Estado siga em frente, "A nossa luta, querida presidenta, não acaba hoje. Seguiremos denunciando o caráter machista, fascista, racista e misógino deste governo golpista", afirma um trecho do comunicado.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, e a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, somam forças aos manifestantes que prestam apoio à presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, e que também lutam contra o golpe jurídico, parlamentar e midiático que chega ao seu desfecho no Senado nesta quarta-feira (31).
No momento em que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff completa seu desfecho no Senado, manifestações multiplicam-se em todo país e no exterior para dizer não ao golpe em curso no país. Nesta quarta-feira (31), uma vigília promovida pelos movimentos sociais ocorre no Palácio da Alvorada, prestando apoio à presidenta e resistindo contra o fim do regime democrático.
Os manifestantes que foram à Avenida Paulista nesta segunda-feira (29) e sofreram dura repressão por parte da Polícia Militar (PM) de Geraldo Alckmin, retornam ao Vão Livre do Masp nesta terça-feira (30) para lutar contra a truculência da PM e dar continuidade a resistência contra o golpe de estado em curso no país.
Contrários ao processo de impeachment que encontra seu desfecho no Senado nesta semana, a qual a presidenta Dilma Rousseff é submetida, diversos manifestantes saíram às ruas nesta segunda-feira (29) e também sairão nesta terça-feira (30) para mobilizar o povo contra o golpe parlamentar, jurídico e midiático que interrompeu o regime democrático brasileiro.
Por Laís Gouveia
"O governo de Michel Temer dá as primeiras passadas, acelerando para o grande salto para trás e a grande queima de estoques. A massa assalariada brasileira está sendo vendida a preços de saldo, com as liquidações iniciais dos programas educativos e sociais. O patrimônio de recursos materiais, como antes, será oferecido como xepa. A repressão à divergência não será tímida. Não há nada a esperar”.
Qualquer que seja o resultado final do julgamento do impeachment pelo Senado, a presença da presidenta Dilma Rousseff hoje, em plenário, tem sentido histórico.
Por Luciano Siqueira*