Pelo terceiro domingo consecutivo, manifestantes retornarão à Avenida Paulista, região central de São Paulo, para lutar contra os cortes sociais, o impeachment arbitrário que afastou Dilma Rousseff da Presidência e também por novas eleições presidenciais.
Cerca de 20 mil manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), entidade liderada por Guilherme Boulos, ocupam as ruas da capital paulista nesta quinta-feira (15) e seguem rumo ao Palácio dos Bandeirardes, sede do Governo Alckmin, reivindicando a construção de mais moradias populares e denunciando a postura truculenta da polícia militar (PM) nos protestos pelo "Fora Temer".
A partir desta quinta-feira (15) até o próximo domingo (15) ocorrerão diversas manifestações, em várias regiões do país para lutar contra os cortes sociais, o golpe de estado e exigir novas eleições presidenciais. Confira abaixo a agenda de manifestações convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo:
Não é suficiente resistir ao projeto liberal-conservador representado pelo governo golpista. Apesar de necessária, a denúncia e a resistência não conquistarão “coração e mente” dos brasileiros se a esquerda não demonstrar qual tipo de sociedade defende e com quais medidas pode alcançá-la.
Por Guilherme Mello*
Se fosse para resumir a essência do golpe, se trata de uma ditadura do capital sobre o trabalho. A ruptura com a democracia se dá porque, na democracia, os trabalhadores e suas organizações têm melhores condições de se defender, de lutar por seus direitos, de garantir seus interesses. Na ditadura, se criam as melhores condições para intensificar a superexploração dos trabalhadores.
Por Emir Sader
O Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), entidade liderada por Guilherme Boulos, ocupou na tarde desta terça-feira (13) o Ministério das Cidades, exigindo a liberação de recursos para o programa "Minha Casa, Minha Vida-Entidades".
Diversas manifestações ocorrerão nesta segunda-feira (12), em várias cidades do país, para dizer não ao governo ilegítimo de Michel Temer e também para exigir a imediata cassação do mandato do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se encontra afastado do seu exercício por acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. A sessão do julgamento está prevista para começar às 19h, na Câmara dos Deputados.
O modelo econômico implantado após o golpe de Estado no Chile, que derrubou ao presidente socialista Salvador Allende em 11 de setembro de 1973, afeta a população chilena até os dias de hoje.
Por María Julia Giménez*, no Brasil De Fato
A Avenida Paulista foi palco, pelo segundo fim de semana consecutivo, de um ato político contra o golpe de estado que afastou, de forma arbitrária, Dilma Rousseff da presidência. No começo da tarde deste domingo (11), manifestantes concentravam-se no vão livre do Masp, carregando bandeiras e cartazes reivindicando novas eleições e com palavras de ordem pelo "Fora Temer".
Por Laís Gouveia
Logo após o afastamento definitivo de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer à presidência, através de um golpe parlamentar, as manifestações em defesa da democracia intensificam-se e ganham maior adesão popular. Neste domingo (11), as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo pretendem superar a marca das 100 mil pessoas que compareceram na Avenida Paulista no último domingo (4), mobilizando, no mesmo local, um ato em pelo "Fora Temer" e por "Diretas Já" .
A primeira grande crise do governo Michel Temer, que envolveu o ex-ministro Romero Jucá ainda na interinidade, já havia deixado claro que o golpe parlamentar de 2016 tinha uma finalidade: conter o ímpeto da Operação Lava Jato para proteger a oligarquia política brasileira, de quem a operação perigosamente se aproximava. Gravado por Sergio Machado, Jucá defendia a derrubada de Dilma para "estancar essa sangra".
Pelo menos 7 mil jovens ligados ao movimento Levante Popular da Juventude realizam na tarde desta sexta-feira (9) escracho público em frente à sede da TV Globo de Belo Horizonte, acusando a emissora de ter incentivado o impeachment de Dilma Rousseff, designado como golpe. Os manifestantes se concentraram no Estádio Jornalista Felipe Drummond, o Mineirinho, no bairro São Luiz, e seguiram para a sede da empresa, no Caiçara, distante oito quilômetros.