Atento à conjuntura atual na América Latina, o senador Antoine Karam vê o golpe na democracia brasileira no mesmo quadro dos golpes em Honduras e no Paraguai neste início de século. Para ele, “a prioridade continua é mobilizar a comunidade internacional para denunciar e esses 'truques de mágica' com a Constituição que nada mais são do que um Golpe de Estado e um assalto à democracia.”
Estreou nesta quinta-feira (1º/9) o filme de Kleber Mendonça, Aquarius, que retrata a especulação imobiliária e o ato de “Ocupar e Resistir”, uma bela obra cinematográfica. Mas, além do cineasta já ter feito o ótimo filme Som ao Redor, o que o colocou em evidencia no cenário da cultura brasileira foi o ato contra o golpe no Brasil realizado sobre o tapete vermelho em Cannes.
Por Vandré Fernandes*
O governo da Venezuela declarou que as relações com o Brasil estão oficialmente congeladas devido ao golpe de Estado contra Dilma Rousseff consolidado no dia 31 de agosto. O país também retirou definitivamente seu embaixador de Brasília e pretende, por meio de consultas populares, apoiar o povo brasileiro.
Dois dias após o Senado cassar o mandato da presidenta Dilma Rousseff, utilizando como argumento a abertura de créditos suplementares, o governo Michel Temer – por meio do interino Rodrigo Maia (DEM/RJ) – sancionou e publicou, no Diário Oficial desta sexta-feira (2), lei que flexibiliza as regras para abertura de créditos suplementares sem necessidade de autorização do Congresso. Isso mesmo: o golpe usou como desculpa algo que, 48 horas depois, fica claro que é legal.
Eis que a profecia autorrealizável se cumpriu. “PT deixa o governo após 13 anos” é a frase-slogan de triunfo de um grupo político 4 vezes derrotado nas eleições e estampado neste 31 de agosto de 2016 no site da Globo, deixando claro o que estava em jogo no impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Por Ivana Bentes*, no The Intercept
O boicote deve surgir entre as novas formas de ação política no campo progressista para articular a resistência ao golpe de estado que consolidou o nome de Michel Temer na presidência do país. É o que acredita o professor de relações internacionais da PUC-SP Reginaldo Nasser.
Por Helder Lima
Desculpem o lugar comum, mas só lembro Neruda. “Esta noite poderia escrever os versos mais tristes”,; e meu bardo nativo, Gonçalves Dias: “Não chore meu filho, que a vida é luta renhida, viver é lutar. A vida é combate, que se os fracos abate, aos fortes, aos bravos, só pode exaltar.”
Mais uma data pátria a não comemorar.
Por Mary Castro*
Diversas personalidades e organizações internacionais condenaram o impeachment de Dilma Rousseff, aprovado nesta quarta-feira (31) no Senado, e manifestaram solidariedade à presidenta eleita e ao povo brasileiro.
O Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais) emitiu um comunicado oficial onde “repudia veementemente o golpe de estado que foi consumado no Brasil”. O documento foi publicado horas depois do afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, na quarta-feira (31).
Os deputados argentinos fizeram um protesto silencioso e impactante contra o golpe de Estado consolidado no Brasil na última quarta-feira (31). Nesta quinta-feira (1º/9) a sessão serviu como palco de denúncia das violações dos direitos políticos dos brasileiros.
Em artigo publicado pela primeira vez em junho, mas reeditado neste 1º de setembro, um dia após a consumação do impeachment no Brasil, o renomado professor e economista canadense Michel Chossudovsky explica por que a queda de Dilma foi ordenada por Wall Street e tenta desmascarar "os atores por trás do golpe".
No dia seguinte à consumação do golpe de Estado no Brasil, o Uruguai emitiu uma nota onde não fala absolutamente nada sobre o novo governo. Não deixa claro se manterá relações diplomáticas e comerciais ou não. Mas destaca que o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff foi uma “profunda injustiça”.