Bastaram dez dias para que o governo ilegítimo de Michel Temer demonstrar a que veio. A fotografia do dia 17 de abril, na sessão da Câmara de Deputados, que aceitou a admissibilidade do processo de impeachment é a cara do governo Temer. As negociações espúrias tornadas públicas pelo vazamento dos áudios do senador Romero Jucá demonstram que o conluio golpista visa a frear o combate a corrupção e implementar um programa ultraliberal, incapaz de ser defendido nas urnas.
Por Luciana Santos*
O professor de Relações Internacionais da PUC-RJ, Luis Fernandes, destaca os retrocessos da política externa anacrônica do ministro interino das Relações Exteriores do Brasil, José Serra. Com o governo interino de Michel Temer, a política externa brasileira aplica novamente a fórmula dos anos 90 que consiste em estreitar relações com os Estados Unidos mesmo que isso signifique, uma vez mais, virar as costas para o projeto de integração da América Latina.
Nas análises sobre a política externa brasileira, entre os especialistas do assunto tornou-se de certa forma consensual o argumento apresentado por Lima (1994) de que o paradigma de inserção internacional que vinha sendo empregado pelo país desde o governo Geisel somente teve suas linhas gerais definidoras desafiadas pelo governo Collor.
Por Walter Antonio Desiderá Neto*
As recentes notas do Itamaraty, o pedido de estudo de custo de postos diplomáticos abertos nos governos Lula e Dilma na África e no Caribe nos últimos anos e o discurso de posse do novo ministro interino das Relações Exteriores, José Serra (PSDB) demonstram que, em menos de uma semana, o governo interino de Michel Temer quer mudar a política externa brasileira, com uma mensagem clara de que esse novo caminho será como tinta nova em parede velha.
Por Chico Dênis e Alexandre Andreatta*
A conversa telefônica entre Romero Jucá, ministro interino do Planejamento, e Sérgio Machado, ex-presidente da Petrobras, publicada pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 23, repercutiu entre os parlamentares que há meses alertam sobre o que está em jogo no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A deputada federal Angela Albino foi uma das que se manifestou sobre o fato.
O ex-jogador argentino, Diego Maradona, publicou uma foto em sua conta oficial no Facebook, com uma mensagem de solidariedade à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula.
A Virada Cultural de São Paulo, realizada neste sábado e domingo (21 e 22), foi marcada pela resistência popular contra o golpe em curso no Brasil. Tanto o público, quanto os artistas, se posicionaram claramente contra o interino Michel Temer e pediram a volta da presidenta eleita, Dilma Rousseff. As palavras de ordem “Fora Temer” e “Temer jamais” deram o tom da luta.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) avalia que as gravações divulgadas nesta segunda-feira (23) de conversas do senador Romero Jucá, apontado ministro do governo golpista de Michel Temer, comprovam a conspiração de setores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para impor um golpe de estado no Brasil e, com isso, firmar um pacto para frear a operação Lava Jato.
O PCdoB de Ijuí realizou reunião ordinária do seu Comitê na tarde deste sábado (21), em que tratou da conjuntura nacional, especialmente em relação ao golpe político pela saída da Presidenta Dilma Rousseff e também debateu a atuação do Partido nas eleições municipais deste ano. Coordenada pela Presidenta do Partido, Vereadora Rosane Simon, o encontro iniciou com o relato da situação adversa e grave, especialmente para o povo e para a democracia, pela qual passa o país.
Universo da cultura é diverso, potente, colaborativo, horizontal. Mas elite não comprende — por ser arcaica, cafona, obtusa, bocó. Para ela e seus cordeiros, o criativo incomoda.
Por Jéferson Assumção
Vamos dar nome aos bois. O que aconteceu no Brasil, com a destituição da presidente eleita Dilma Rousseff, foi um golpe de Estado.
Por Michael Löwy*