Os países membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) se reuniram na sexta-feira (22) para tomar posição diante dos acontecimentos políticos no Paraguai. O organismo condenou e repudiou “categóricamente” o golpe de Estado e afirmou que o julgamento político de Fernando Lugo foi marcado por irregularidades.
O governo argentino resolveu retirar seu embaixador do Paraguai, Rafael Romá, depois do golpe de Estado que destituiu Fernando Lugo, "pela ruptura da ordem democrática", anunciou neste sábado a chancelaria em um comunicado à imprensa.
Na última sexta-feiraa (22), a Unasul emitiu um comunicado no encerramento da missão de chanceleres chefiada pelo ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota ao Paraguai a vim de tentar impedir a destituição de Fernando Lugo.
A presidenta Dilma Rousseff se reuniu no último sábado (23), no Palácio da Alvorada, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para discutir a situação política no Paraguai.
Como as multinacionais e os conglomerados de comunicação atuaram coordenados na derrubada do presidente Fernando Lugo
Por Leonardo Severo*
Cerca de 70 pessoas, segundo a Agência Brasil apurou, reuniram-se hoje (23) em frente à Embaixada do Paraguai para protestar contra o impeachment aprovado ontem (22) pelo Senado do país que tirou do poder o então presidente Fernando Lugo. Os manifestantes, a maioria ligada a movimentos sociais do campo e partidos políticos brasileiros, defenderam que o processo ameaça a democracia na América Latina.
O governo cubano condenou neste sábado (23) o golpe de Estado ocorrido no Paraguai contra o mandato constitucional de Fernando Lugo, de acordo com uma declaração do Ministério das Relações Exteriores.
“O governo venezuelano não reconhece esse ilegal e ilegítimo governo que se instalou em Assunção. Foi um golpe da burguesia paraguaia, que freia não só o processo de mudança no Paraguai, mas também divide os governos, os povos das nações sul-americanas”, afirmou o presidente Hugo Chávez.
A reação de Washington ao golpe “democrático” no Paraguai será, como sempre, ambígua. Descartada a hipótese de que os estadunidenses agiram para fomentar o golpe — o que, em se tratando de América Latina, nunca pode ser descartado –, o Departamento de Estado vai nadar com a corrente, esperando com isso obter favores do atual governo de fato.
Por Luiz Carlos Azenha
O golpe que derrubou o presidente hondurenho Manuel Zelaya, em junho de 2009, não só quebrou a ordem constitucional do país como foi “um laboratório para testar novos tipos de golpes de estado na América Latina”.
Na noite desta quinta-feira (22), uma pessoa dizendo-se enviada da presidência do Paraguai, invadiu a sede da TV Pública pedindo informações sobre a grade de programação da emissora e sobre seu funcionamento técnico, como conta o ex-diretor da TV, Marcelo Martinessi, em entrevista, por telefone, Portal Vermelho.
Por Vanessa Silva
O presidente recém-empossado do Paraguai, Federico Franco, quer evitar o desconforto com os países vizinhos, principalmente o Brasil e o Uruguai. Determinado a desfazer o mal-estar causado pela destituição do então presidente Fernando Lugo, Franco pretende procurar nos próximos dias a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica. Um dos receios de Franco é o eventual rompimento da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) com o Paraguai.