O governo paraguaio anunciou nesta quarta-feira (3) que realizará a produção de sementes transgênicas no país, com a ajuda da multinacional estadunidense Monsanto, apesar do rechaço dos camponeses e indígenas a este tipo de plantio.
O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo alertou que seu sucessor, o golpista Federico Franco, quis enganar a comunidade internacional com seu discurso na 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, na última quinta-feira (27), o presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que seu país está em dificuldades por culpa de seus vizinhos, que o suspenderam do Mercosul e da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
O governo paraguaio cedeu nesta quinta-feira (27) em satisfazer as demandas dos professores diante da generalização da greve no setor e a presença de milhares de educadores participando em protestos nas ruas.
No último sábado, dia 22, o governo paraguaio de Federico Franco promoveu um desfile em homenagem à vitória do país na Batalha de Curupayty, ocorrida em 22 de setembro de 1866, durante a Guerra da Tríplice Aliança. Não haveria problemas com a homenagem se não fosse a participação de meninos vestidos com fardas camufladas do Exército e portando um fuzil no ombro, como se fossem militares.
Produtores camponeses no Paraguai denunciam que o avanço das sementes de algodão transgênicas no país já contaminou as variedades nativas.
A grande disponibilidade de energia e a necessidade de desenvolvimento industrial do Paraguai são os principais argumentos do governo do presidente Federico Franco para acelerar as negociações para a instalação de indústrias eletrointensivas no país. A decisão, porém, que envolve o oferecimento de energia a baixo custo para empresas que operarem em seu território, pode comprometer a soberania energética do país em 20 anos.
Organizada pelo Serviço Paz e Justiça do Paraguai iniciou-se na última segunda-feira (24) a Semana Antimilitarista, que faz uma chamado para a população para a desobediência aos golpistas, que desituíram o presidente eleito Fernando Lugo, ao autoritarismo e a imposição.
No Paraguai as demandas e promessas insatisfeitas por parte do Executivo, dívidas salariais e bônus não pagos, continuação das demissões em massa nos organismos estatais e a recusa camponês e indígena à imposição do uso de sementes transgênicas , foram motivos disso.
O chanceler paraguaio, José Félix Fernández, disse que seu governo se recusa a aceitar que a União das Nações Sul-americanas (Unasul) envie uma missão observadora para as eleições de 2013.
O destituído presidente paraguaio, Fernando Lugo, afirmou nesta quarta-feira (19) que a multinacional estadunidense Monsanto e o governo golpista são "semeadores da morte".
O Sindicato dos Jornalistas do Paraguai denunciou nesta terça-feira (18) as ameaças e agressões contra repórteres pela difusão de informações sobre manifestações de nepotismo do atual presidente Federico Franco.