O Golpe de 2016 expulsou a representação popular do circuito legal do Poder Executivo. A violência continua, exonerando técnicos de governo por suspeitada simpatia pelas teses econômicas e sociais progressistas. Evitar a qualquer custo o retorno legítimo de representantes populares ao Executivo resume a cláusula pétrea do breviário golpista.
Por Wanderley Guilherme dos Santos*, em seu blog
A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Fflch) recebeu na noite de quinta (14) o debate "Pós-impeachment: Qual o futuro para as alternativas radicais", que contou com a presença do professor de ciências políticas da faculdade André Singer, do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos e da professora de Relações Internacionais da UFABC Tatiana Berringer, mediados pelo também professor da USP Ruy Braga, do departamento de sociologia.
Em delação premiada, o doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador financeiro de lideranças da cúpula do PMDB ligada a Michel Temer, disse o que o Brasil inteiro já sabe: “Temer e Eduardo Cunha tramavam diariamente a saída da presidente Dilma Rousseff”. Ou seja, foi golpe.
Por Dayane Santos
Às vésperas de deixar o cargo, o procurador-Geral da República Rodrigo Janot dispara decisões sobre processos que estão sobre a sua mesa. Nesta segunda-feira (11), o procurador decidiu pedir o arquivamento das investigações abertas a partir de conversas que envolvem o braço direito de Michel Temer e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), em que diz em conversa gravada por Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro), que é preciso "estacar a sangria" da Lava Jato.
Em ato realizado no Rio de Janeiro, a presidenta analisou o impeachment, o papel do Judiciário no processo, e diz que país vive calmaria antes do tsunami.
No dia 31 de agosto de 2016, a direita conservadora e a grande mídia esperavam ver uma mulher triste, constrangida, derrotada e isolado sair do Palácio do Planalto após 61 senadores formalizarem o golpe e dar início a um período de retrocesso econômico, desmonte do Estado e de ataque às garantias e direitos individuais.
Por Dayane Santos
Segundo Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), as instituições de pesquisa já tiveram uma sobrevida no ano passado e, se o orçamento de 2017 não for liberado, todo o sistema científico e tecnológico terá um “retrocesso monumental”.
Por Verônica Lugarini*
Candidatos sempre aparecem; programas de governo é que são elas. A direita alucinada se angustia em busca de alguém capaz de derrotar Lula ou, se a sobrevivência exigir, macular a legislação eleitoral, alterando regras e suprimindo direitos.
Por Wanderley Guilherme dos Santos*, em seu blog
Coincidência ou não, agosto é o mês mais nefasto para presidentes, ex-presidentes e até para ditadores e presidenciáveis brasileiros. A sequência trágica começou às 8h30 da terça-feira 24 de agosto de 1954, quando um tiro de um revólver Cold calibre 32 ecoou pelo Palácio do Catete, a sede do governo federal no Rio de Janeiro, então capital do país.
Por Luiza Villaméa
Só uma reação popular pode evitar um retorno à era pré-Vargas, do Brasil agroexportador e importador de todo o resto.
Por Roberto Amaral
O ex-primeiro-ministro de Portugal José Sócrates, que esteve no comando do país entre 2005 e 2011, disse nesta quarta-feira (26), durante entrevista coletiva à imprensa estrangeira, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador e ex-ministro José Serra (PSDB) "são golpistas".
A grave crise política e institucional que tem sido experimentada pelo povo brasileiro – que está longe de se limitar ao ilegítimo processo de impeachment, pois a este veio uma intensa sequência de retrocessos quanto a direitos sociais, previdenciários e trabalhistas – ainda pode piorar.