A síntese das manifestações de domingo: apesar do intenso apoio midiático e da estrutura de convocação pela rede, os atos de hoje – "contra a corrupção" e em apoio ao juiz Moro – tiveram queda significativa de mobilização.
Os reitores das universidades federais se negaram a cumprir determinação do ministro da Educação, Mendonça Filho, de acabar imediatamente com greve nas universidades federais ou descontar os dias parados dos servidores mobilizados contra a PEC 55, que congela os investimentos em educação pelos próximos vinte anos, e a medida provisória autoritária do ensino médio.
Você provavelmente nunca terá ouvido falar no GEO-PR, um megabanco de dados criado durante a gestão Lula na Presidência da República com o propósito de proteger territórios indígenas, terras de pequenos agricultores e o meio ambiente. Dificilmente, você saberá também que dezenas de órgãos públicos dos três níveis de governo aceitaram ceder a esse sistema o acesso direto a seus próprios bancos de dados. O GEO-PR não é apenas um projeto que quase ninguém conhece.
Tivesse o mínimo de brio, Temer pediria demissão do cargo para o qual não foi eleito e que vem demonstrando, dia a dia, incapacidade moral para exercê-lo.
Por Luiz Ruffato*, no El Pais
A União Nacional dos Estudantes (UNE) lançou uma nota nesta quinta-feira (1) a respeito das cenas de violência promovidas pela Polícia Militar do Distrito Federal na última terça-feira (29), durante a manifestação contra a PEC 55 ocorrida em Brasília. Segundo o comunicado. "A polícia do GDF não tinha intenção de controlar as ações isoladas do ato, mas sim sufocar a manifestação" e conclui "vamos parar o Brasil com trancaços em todos os cantos, no segundo turno da votação da PEC 55".
O crime de responsabilidade de Michel Temer tomou os jornais na mesma velocidade com que o presidente ilegítimo ajudou seu fiel companheiro Geddel Vieira Lima. A ajuda, revelada em espantoso arroubo de um ex-ministro da Cultura, mostra que seu governo não passa de um conluio de conspiradores baixos e sempre atuando em defesa de interesses privados. E na Presidência da República!
Por Jandira Feghali*
"Tenho certeza de que muita gente pensava que governo do ‘filólogo’ Michel Temer seria muito diferente do que está sendo. Na economia, por exemplo, está sendo um desastre, aliás, ele está até melhorando algumas falhas de Dilma. No combate à corrupção, tem sido exemplar, às avessas: cercou-se de auxiliares investigados pela Lava Jato e ainda compartilha dos interesses particulares dos mais chegados”.
Por *Regina Ribeiro
Tudo sugere que Temer caminha para seus últimos dias na presidência. Não deu certo. O fato é que ele foi, desde os primeiros dias, um fracasso monumental. Já sabíamos que era decorativo, medíocre, sem carisma, antiquado, sem liderança — e traiçoeiro.
Por Paulo Nogueira*, no DCM
O governo golpista presidido por Michel Temer acaba de produzir contribuição inestimável aos criminosos que patrocinam e aos que praticam a violência nas áreas rurais do Brasil – os que mandam ameaçar e os que ameaçam; os que mandam ferir e os que ferem; os que mandam matar e os que matam.
Por Patrus Ananias*
O governo Temer, através da Casa Civil comandada por Eliseu Padilha devolveu para a Funai 13 processos de demarcação de terras indígenas que estavam à espera de assinatura de homologação do presidente. Além disso, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, retornou ao órgão, responsável pela política indigenista, mais 6 processos que estavam em fase de identificação, etapa anterior à homologação das áreas.
“Governo Temer fechou essa agência” dizia a faixa na entrada das agências anunciadas para fechamentono desmonte do Banco do Brasil, em Fortaleza, dentro da proposta do governo golpista Temer. Na última terça-feira (29), estiveram paralisadas as agências Monsenhor Tabosa, Santos Dumont, Lagoa de Messejana, Aeroporto e Dnocs. Os dirigentes sindicais aproveitaram para reunir os funcionários para debater o formato e o prejuízo que essa reestruturação do BB trará, bem como as saídas possíveis.
O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (BA) ressaltou que o presidente Michel Temer não teria mais condições de continuar no poder e que deveria ter pedido demissão do cargo após episódio de envolvimento com interesses particulares de Geddel.