O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e a chanceler alemã, Angela Merkel, acertaram por telefone, a apresentação de novas propostas de Atenas na reunião de líderes marcada para esta terça-feira (7), informou a agência de notícias grega ANA-MPA.
Os credores da Grécia deveriam levar em consideração a garantia dos direitos humanos do povo para fechar um acordo financeiro, avaliou o especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) Pablo Bohoslavsky. Para ele, maiores medidas de austeridade não ajudarão o país.
Os representantes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, do Eurogrupo e do Banco Central Europeu (BCE) vão se reunir, nesta segunda-feira (6), por teleconferência, para discutir a situação da Grécia. Participarão os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Conselho Europeu, Donald Tusk, do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e do BCE, Mario Draghi.
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, pediu demissão nesta segunda-feira (6), depois da retumbante vitória do não no referendo realizado no domingo (5). Em nota publicada em seu blog, ele explica as razões da sua demissão. Leia a íntegra.
Em referendo neste domingo (5), a maioria esmagadora dos eleitores gregos decidiu pelo "não" às exigências dos credores do país para pagar sua dívida, de acordo os resultados da apuração. Com 80% dos votos apurados, o "não" tinha 61,56% dos votos. A votação ocorreu sem incidentes.
Todas as pesquisas de boca de urna e projeções da apuração apontam para esmagadora vitória do NÃO, uma condenação explícita às políticas de arrocho da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
Os eleitores gregos vão decidir, neste domingo (5), em referendo, se aceitam as novas medidas de austeridade propostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu.
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, fez um discurso na noite de quinta-feira (2) apelando aos gregos para que votem “não” no referendo sobre o aceite da proposta dos credores em troca de dinheiro que será realizado no domingo (5). Ele argumentou que o próprio relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) justifica a posição.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou, nesta quinta-feira (2), que as negociações em busca de um acordo com os credores internacionais serão retomadas depois do referendo convocado para domingo (5). Ele negou que uma vitória do Não signifique virar as costas para Europa.
Os desenvolvimentos em torno da Grécia sucedem-se a ritmo acelerado numa situação instável, atreita a piruetas e reviravoltas súbitas, cujo desfecho próximo permanece incerto.
Por Luís Carapinha, no Jornal Avante!
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse, nesta quinta-feira (2), à rádio australiana que o seu governo poderá demitir-se no caso da vitória do “sim” no referendo do próximo domingo (5), mas que dialogará com os sucessores.
O 30 de junho foi para a Grécia dia de vencimento do programa de "resgate" das instituições europeias e do Fundo Monetário Internacional (FMI), além de data de pagamento a este último de quase 1,6 bilhão de euros, que Atenas já advertiu sobre seu calote caso não se atinja um acordo satisfatório para as partes.