Neste artigo, damos conta de algumas das demonstrações, quer no panorama nacional como internacional, de solidariedade com o povo grego e com a coligação Syriza "na luta por um governo que enfrente a catástrofe social e a bancarrota".
Do Esquerda.net
O exército do dinheiro afia as armas e prepara o cerco à sociedade grega. Faz parte desse planejamento inocular doses crescentes de terror psicológico na sua população. O Brasil sabe como essa coisa funciona: vazamentos; chantagens; manchetes encadeadas; ataques a reputações, interditos e linchamentos ideológicos.
Por Saul Leblon, em Carta Maior
O deputado neonazista do partido Amanhecer Dourado, o grego Ilias Kasidiaris bateu em duas mulheres e precisou ser contido por seguranças de um canal de TV, onde ocorria um debate pré-eleitoral.
O que Grécia, Itália e Espanha têm em comum? Se você pensou "crise econômica" ou "altas taxas de desemprego", não está completamente errado. Mas para a empresa de consultoria Mc Kinsey, há algo mais a unir os três países, e que pode inclusive ajudá-los a sair do buraco: o azeite de oliva.
A Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) apresentou nesta sexta-feira (1º/6) em Atenas seu programa político para as eleições legislativas de 17 de junho, com a promessa de, caso vença, acabe com o acordo de empréstimo assinado pelo executivo grego.
A Grécia amanheceu nesta segunda-feira (28) sem noticiários. Por 24 horas, os profissionais de imprensa prometem suspender suas atividades em protesto contra a demissão de cerca de 30% dos jornalistas do país nos últimos meses e exigem melhores condições de trabalho. A greve deve ser respeitada pelos jornalistas, que em caso contrário ficam expostos a sanções dos sindicatos, que exigem "contratos coletivos dignos" e a proteção do emprego ante as demissões em série, que somam 4 mil desde 2010.
A três semanas das eleições na Grécia, pesquisas de opinião divulgadas essa semana mostram um crescimento da coalizão de esquerda Syriza, contrária às medidas neoliberais da troika (FMI, BCE e UE). O partido conservador Nova Democracia aparece tecnicamente empatado com a coalizão, mas com uma porcentagem menor do que a registrada nas eleições legislativas.
Em meio à tormenta política que assola o país e à convocação de novas eleições, passou quase imperceptível pelo povo da Grécia um fato de gigantesca importância econômica e política.
Por Petros Panayotídis, no Monitor Mercantil
A Grécia representa apenas 2% do PIB europeu; seu peso demográfico não é muito maior que isso. E no entanto os olhos do mundo se voltam para Atenas nesse momento. Nesta quarta-feira (23) as bolsas despencaram em quase todos os mercados; o euro queimava nas mãos dos investidores; vendas maciças espremiam a cotação da moeda da União Europeia (UE) em meio a fugas e saques de bancos, sobretudo espanhóis, entalados na pantanosa zona da insolvência.
Os países da chamada zona do euro deve pensar em uma espécie de "substituição de jogador": em caso de a Grécia abandonar a moeda única, convidar a Turquia a aderir ao bloco.
O homem que colocou em xeque o mega plano de austeridade que o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia impuseram a Grécia enviou, desde Paris, uma mensagem muito clara: Alexis Tsipras, o líder da esquerda radical grega, Syriza, disse na capital francesa que era urgente “refundar a Europa e derrotar o poder financeiro. Esse poder é o grande inimigo dos povos, não governa mas decide sobre todas as coisas”.
Por Eduardo Febbro na Carta Maior
Diante dos riscos de o país abandonar o euro, os capitais escapam da Grécia. Assustados com o possível retorno do dracma e no afã de proteger o valor de suas reservas líquidas e de seu patrimônio, os investidores – cidadãos e empresas – sacam dos bancos locais os depósitos e transferem as aplicações ainda denominadas na moeda única.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, em Carta Capital