Quando se anuncia um novo memorando com a troika FMI/Banco Central Europeu/União Europeia, que impõe novos sacrifícios ao povo, o clima social na Grécia torna-se cada vez mais explosivo à medida que o país se vai afundando na depressão.
A taxa de desemprego na Grécia saltou para 15,9% em fevereiro, ante 15,1% em janeiro, informou nesta quinta (12) o serviço de estatísticas do governo (ELLSTAT). A taxa segue acima das projeções governamentais para 2012.
Os serviços públicos estão paralisados na Grécia nesta quarta-feira (11), com centenas de milhares de funcionários públicos, portuários, professores e equipes de hospitais de braços cruzados para protestar contra as novas medidas de austeridades do governo grego.
Depois de ter conhecimento de que a agência de qualificação financeira Standard and Poor's baixou nesta segunda-feira em dois pontos a nota da dívida grega, o Ministério das Finanças da Grécia criticou a decisão, "por carecer de bases reais".
Um ano após a entrada do FMI, a situação econômica e financeira da Grécia continua a agravar-se. Sem encarar outro tipo de soluções, o governo social-democrata de Papandreou anunciou, dia 15, um novo pacote de austeridade que inclui um vasto programa de privatizações, bem como cortes draconianos nas despesas sociais, nos salários da função pública e nas pensões.
Após mais de um ano de odiosas medidas antipopulares, que já provocaram 14 greves gerais, centenas de manifestações e protestos quase diários em diferentes setores, a Grécia afunda-se na recessão econômica e os cofres do Estado estão cada vez mais vazios.
Nos dias 12, 13, 14 e 15 de abril, a presidente Dilma Rousseff irá a Pequim, Sanya e Boal, na China. A visita será basicamente econômica, embora a agenda inclua reuniões com o presidente chinês, Lu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao. Ela busca um acordo sobre o acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês, em favor do equilíbrio da balança comercial e a pedido de empresários brasileiros.
Trabalhadores do setor público grego inicial hoje uma greve geral de 24 horas em protesto contra as medidas de austeridade implementadas pelo governo frente à crise financeira.A paralisação foi convocada pela Confederação dos Sindicatos de Funcionários Públicos (Adedy) e a União de Funcionários Civis, as maiores organizações sindicais do país, que somam 500 mil filiados.
Os principais sindicatos gregos convocaram para esta quinta-feira (10) uma paralisação de três horas que irá preceder a greve geral prevista para o próximo dia 23 de fevereiro. As novas mobilizações dos trabalhadores se opõem ao plano de ajustes do governo.
A dívida pública grega saltou para o primeiro plano quando os líderes deste país aceitaram o tratamento de austeridade prescrito pelo FMI e pela União Europeia, provocando importantíssimas lutas sociais ao longo de 2010. Mas, de onde vem a dívida grega?
Por Eric Toussaint*, em odiario.info
A Grécia enfrenta nesta quarta-feira (8) mais um dia de greve dos transportes públicos. Os trabalhadores protestam contra as reformas propostas pelo governo para reduzir o déficit fiscal do país, um dia após a visita do líder do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, a Atenas.
Unidades antimotins gregas reprimiram com gás lacrimogênio milhares de manifestantes que se reuniram nesta segunda-feira (6) em Atenas, para lembrar o assassinato pela polícia de um adolescente há dois anos.