A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ao lado das demais centrais sindicais e do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais, realiza na próxima terça-feira (31) o Dia Nacional de Luta dos Servidores Federais, com várias manifestações em todo o país.
A nova proposta do governo federal aos professores dos institutos federais está sendo avaliada pela categoria. Uma das entidades representativas, o Sindicato dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), recomendou que sua base aceite a proposta. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), orienta a rejeição da mesma.
Governo federal publica decreto antigreve que orienta ministros e outros dirigentes de órgãos públicos a realizar convênios com estados e municípios para encontrar fura-greves. É uma atitude antissindical, repudiada por dirigentes de entidades de trabalhadores
Por José Carlos Ruy
O governo federal cedeu e ofereceu nova proposta de reestruturação de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais. Depois de mais uma rodada de negociação, para colocar fim à greve que já dura 69 dias, foram oferecidos reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada.
O governo sugeriu, em reunião nesta terça-feira (24) com os servidores públicos federais em greve, que a categoria dê uma trégua de 15 dias na paralisação da categoria para apresentação de uma proposta que garante o pagamento dos 12 dias de ponto cortados em junho.
O diálogo entre governo e professores das universidades federais será retomado nesta terça-feira (24), após impasse estabelecido ao final da reunião dessa segunda-feira com o Ministério do Planejamento. A greve dos docentes, que dura 69 dias, segue sem data para terminar.
Na Bahia, a greve dos professores estaduais, que completou 100 dias na última quinta-feira (19/7), foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA), no início do mês. A decisão da desembargadora Daisy Lago estipulou multa de R$ 10 mil por dia de descumprimento e, por conta disso, muita gente se perguntou: mas os trabalhadores não têm direito a paralisação?
Negociação fracassa e novo encontro tentará pôr fim a 67 dias sem aulas.
O impasse entre governo federal e professores de universidades federais continua. Após reunião, a greve, que dura 68 dias, segue sem data para terminar. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, reconhece que não houve avanço nas negociações. “Ainda estamos muito longe de um acordo”, admitiu.
A atividade visa acompanhar em vigília as negocições com o governo federal que aconteceram no período da tarde.
O governo Dilma até parece que segue as orientações da mídia privada para endurecer no trato com os servidores em greve – nas universidades federais há mais de dois meses; em outras repartições públicas, há um mês. Nesta semana, o Palácio do Planalto adiou novamente a apresentação de uma proposta de reajuste salarial para o funcionalismo.
Os trabalhadores do Sistema Eletrobras permanecem de braços cruzados para reivindicar ganho real, renovação das concessões, Participação nos Lucros e Resultados, aumento no auxílio alimentação, plano de saúde extensivo aos aposentados, entre outros pontos. Ontem (19), uma reunião com o assessor da Secretaria Geral da Presidência, José Lopez Feijoó, o governo sinalizou com a possibilidade de reabertura das negociações.