O cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Estado brasileiro no caso dos desaparecidos políticos do Araguaia na época do Regime Militar, foi exigido por militantes da área de Direitos Humanos e parentes das vítimas, nesta quarta-feira (6/4/11).
Memórias do Araguaia vários textos escrito por Paulo Fonteles Filho e publicado em seu blog. Fonteles é ex-vereador de Belém e militante do Partido Comunista do Brasil, atualmente atua como Ouvidor do Grupo de Trabalho Tocantins do Ministério da Defesa.
O Conexão Repórter do SBT apresentou, no último 30 de março, uma reportagem com torturadores e vítimas da ditadura. Detalhes da prisão da presidente Dilma Rousseff, as péssimas condições dos presos políticos e o olhar de militares sobre os anos de chumbo são alguns dos muitos aspectos abordados na matéria. O depoimento do militante do PCdoB José Auri, um dos torturados, revela feridas da ditadura que não cicatrizam jamais.
O Grupo de Trabalho Tocantins (GTT), criado pelo Ministério da Justiça para tentar encontrar os restos mortais dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia, fez uma nova descoberta: 17 castanheiros teriam sido mortos pelos militares do Exército que puseram fim à guerrilha. Caso isso se confirme, o Exército poderá responder não apenas pela morte dos guerrilheiros, mas também pela morte de civis sem qualquer ligação com o movimento armado.
Durou pouco o período de prisão do oficial de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido por ter sido um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia. Preso no início da noite da última terça (29), em sua casa em Brasília, durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura, o tenente-coronel foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal e em seguida transferido para o 1º Batalhão de Polícia do Exército, de onde foi liberado no início da madrugada.
Paulo Fonteles do GTT – Grupo de Trabalho Tocantins do Ministério da Defesa, denuncia as ameaças de intimidação feitas por agentes da reação a sua pessoa e a membros da Comissão da Verdade.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (30), o comitê estadual do Partido Comunista do Brasil denunciou e repudiou os atos intimidatórios feitos por agentes da reação contra o ouvidor do Grupo de Trabalho Tocantins, do Ministério da Defesa, contra Sezostrys Alves Costa, coordenador da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, e outras pessoas envolvidas na missão de encontrar os restos mortais dos desaparecidos políticos na Guerrilha do Araguaia.
Dois jovens comunistas paraenses reuniram seus esforços e talentos para editar um livro que procura traçar uma panorâmica da participação do povo na articulação da Guerrilha do Araguaia, a partir de fontes primárias colhidas por Paulo Fonteles enquanto advogado dos posseiros no sul do Pará. O livro se chama “Guerrilha do Araguaia: luta e apropriação da massa campesina” e os autores são Pedro Fonteles e Laércio Braga.
De vez em quando a Folha de S. Paulo se lembra de que é um jornal e cumpre a função da imprensa, revelando a seu público aquilo que as autoridades tentam ou tentaram esconder.
Por Celso Lungaretti*
Convidado pela Associação dos ex-militares da Guerrilha do Araguaia, participei de uma reunião que contou com a presença de cerca de 70 integrantes da entidade. Na mesa dos trabalhos estava também Paulo Fonteles, representando o Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) do Ministério da Defesa, grupo encarregado da busca dos restos mortais dos Guerrilheiros do Araguaia. Também estiveram presentes três militares da ativa, sem terem sido convidados.
A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça anistiou 45 camponeses dos quais cinco já morreram. Só 12 receberam os recursos da anistia. Quatro chegaram a ter o dinheiro depositado em banco, que foi estornado após a liminar que suspendeu estas anistias.
por Aldo Arantes*
Depois de décadas o governo federal constituiu a Comissão Nacional da Verdade, que investiga as circunstâncias das mortes e desaparecimentos durante a ditadura militar (1964-1985). Em entrevista Paulo Fonteles Filho fala sobre o resgate da Guerrilha do Araguaia e a polêmica "Comissão da verdade"