“Intervenção militar” foi o tema trazido ao noticiário nacional nos últimos dias por um intelectual progressista, que admitiu esse procedimento como meio para vencer a crise, e por um general que disse estar em estudo uma tal “intervenção”.
Por Haroldo Lima*
O Estado de exceção que cresce no país tem tentáculos no Ministério Público Federal, na Polícia Federal, no Congresso, na grande mídia, no empresariado, mas se sustenta no Judiciário. É aí que está o Sergio Moro. E é aí que está o poder de deflagrar, sustar, deixar prosseguir desmandos, abusos e efetuar prisões.
O tempo interfere implacável na apreciação dos fatos. Primeiro, esmaecendo a visão dos acontecimentos, cada vez mais difusos e distantes. Depois, ajudando a esclarecer se um episódio determinado registra um fato efêmero, secundário, ou se retrata um marco importante, de valor histórico.
Por Haroldo Lima*
Um político brasileiro, golpista, vingativo, corrupto, arrogante, meio desequilibrado, caiu estrepitosamente. Foi Eduardo Cunha, o mesmo que desencadeou o golpe parlamentar que retirou da presidência da República, sem culpa formada, a primeira mulher brasileira que tinha sido eleita para o cargo.
Em 2002, através de eleições gerais, o Brasil começou a trilhar um caminho novo de construção nacional, sumariamente chamado de desenvolvimento com inclusão social. Um partido político, originário de grandes mobilizações sindicais, e que forjara um grande líder, liderou esse processo, apoiado por quase todos os progressistas do país.
O Senado tomará uma decisão de grande importância nos próximos dias. Decidirá se Dilma Rousseff reassumirá o mandato para o qual foi eleita ou será afastada em definitivo.
Quando tudo já tinha acontecido, quando toda a beleza estética já se exibira e a diversidade étnica e cultural fizera sua festa, na memorável “abertura” da Olimpíada no Maracanã, quando as mensagens ecológicas já tinham se espraiado e a estrondosa vaia contra o intruso Temer já fora escutada, eis que um grito de guerra ecoa no grande estádio: “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Era o sinal de que o espetáculo tinha sido aprovado e o povo estava de pé.
Por Haroldo Lima*
Tudo era cinzento naquele ambiente politicamente viciado do início dos anos 70. Desde a implantação do Ato Institucional nº 5, vivíamos sob uma guerra surda e suja, em que nosso lado era vítima de "tiroteios" onde só o inimigo atirava e só a nossa turma morria.
Por Haroldo Lima*, especial para o Vermelho
O dirigente nacional Haroldo Lima, um dos coordenadores da pré-candidatura de Alice Portugal à prefeitura de Salvador, concedeu uma entrevista na rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (12/07), para tratar da vida política e da atual conjuntura. Vítima da ditadura, ele lembrou de episódios como prisão e torturas, e também analisou o cenário das eleições municipais desse ano, na capital baiana.
O processo de impeachment da presidenta Dilma vai revelando, cada vez mais, contradições e perfídias. Atinge personalidades de destaque, amplia a crise política, coloca mal todos os três Poderes constituídos da República.
Por Haroldo Lima*
Nesses tempos atribulados, inesperadamente a questão de gênero ganha destaque na cena política brasileira. Os homens que usaram de todos os ardis para tirar do governo uma mulher, por problemas contábeis, resolveram organizar um governo só de homens. As brasileiras responderam ao ultraje com altivez.
Por Haroldo Lima*
Foi um espetáculo grotesco o da sessão da Câmara dos Deputados do dia 17 de abril passado. Durante horas, deputados votaram pela continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma no Congresso Nacional. A cena revelou aspectos inusitados.
Por Haroldo Lima*