Após denunciar fraude por parte do atual Governo junto ao TSE, Salvador Nasralla, o candidato da oposição em Honduras, denunciou: “acham que temos caras de bobos e querem roubar nossa vitória”. Ele assegurou que nem todas as atas de apuração foram contabilizadas
Governo de Honduras diz que “tendência” é TSE dar vitória a atual presidente. Secretaria da Defesa diz ainda que será aplicada a Lei Antiterrorista a quem não respeitar o resultado eleitoral e promova a "desordem", e exige que observadores e comunidade internacional abandonem o país imediatamente
A Secretaria Executiva do Foro de São Paulo emitiu nota em que conclama às autoridades a reconhecerem a vitória dos oposicionistas Salvador Nasralla e Xiomara Castro nas eleições presidenciais no domingo (26). O Foro considera o resultado eleitoral um ponto final nas políticas que causaram sofrifrento ao povo hondurenho após o golpe de 2009.
No fim de maio, Salvador Nasralla apresentava normalmente o programa dominical mais famoso da TV de Honduras pouco depois da convenção que o confirmou como candidato presidencial da Aliança contra a Ditadura.
Por Murilo Matias
Desde o golpe que destituiu o presidente Manuel Zelaya em 2009, Honduras não conseguiu ter sua ordem restabelecida. Nesta quarta-feira (6) mais uma integrante ativa do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh) foi assassinada. Há poucos meses outro crime igual já havia acontecido, a vítima foi Berta Cáceres. Em 2015 185 ativistas foram assassinados.
Para o presidente deposto com um golpe em Honduras, Manuel Zelaya, a crise politica na América Latina só tem uma saída: o socialismo do século 21. Ele acredita que a onda conservadora da direita chegou para boicotar e bloquear as conquistas obtidas na última década de governos progressistas.
O golpe hondurenho apoiado pelos Estados Unidos desencadeou uma onda de políticas neoliberais que têm sistematicamente violado os direitos sociais, econômicos e culturais do povo indígena da nação, das mulheres e dos fazendeiros enquanto têm deixado os ativistas e defensores dos direitos humanos – como a falecida Berta Cáceres – vulneráveis à criminalização e violência.
Por Lauren McCauley
Na imagem no site da Secretaria de Defesa de Honduras, homens de costas e enfileirados apoiam as mãos na lataria de um ônibus enquanto são revistados por homens com farda militar. Liderada pela Polícia Militar da Ordem Pública (PMOP) do país, a foto registra uma operação em terminais de ônibus, cujo objetivo é “dar segurança ao setor do transporte”, segundo a nota da Secretaria.
Por Luciana Taddeo
Foi-se o tempo que os Golpes de Estado chegavam a bordo de tanques de guerra. Agora são chamados de “golpes brancos”, e são elaborados com um tripé básico: grande imprensa, judiciário e oposição bem articulada. Em 2009 o presidente eleito democraticamente Manuel Zelaya foi deposto em Honduras, apenas três anos depois, em 2012, Fernando Lugo sofria um julgamento político e deixava a presidência do Paraguai. Quatro anos mais tarde o alvo é o Brasil.
Por Mariana Serafini
Se chamava Berta. Berta Cáceres. No dia 4 de março, ela faria 43 anos. Na véspera, foi assassinada. Em Honduras. Por ser ambientalista. Por não ser submissa. Por defender a natureza. Por se opor às multinacionais extrativistas. Por lutar pelos direitos ancestrais dos Lencas, seu povo indígena.
Por Ignacio Ramonet*, na Carta Maior**
Na América Latina, vemos como persistem os altíssimos níveis de desigualdade de gênero, de violência e feminicídio, processos de discriminação e exclusão que mantém mulheres de todas as idades como vítimas de um sistema que não é feito para elas. A disparidade salarial é parte estrutural dos mercados de trabalho, que, como tudo em nossas sociedades, foram edificados sobre a base do patriarcado e do machismo institucional.
Por Pablo Gentili
A violência política começa a tomar proporções cada dia maiores na América Latina. Depois do assassinato de Berta Cáceres, em Honduras, e do governador indígena William Alexander Joiner, na Colômbia, nesta segunda-feira (7), o país foi palco de mais um crime contra dirigentes populares. O líder comunitário e defensor dos Direitos Humanos, William Castillo Chima, foi assassinado no departamento de Antioquia, na região Norte.