Um maratona de nove horas e meia de duração começa nesta terça-feira, às 10 horas da manhã, e só termina às 22h30 (com intervalos para almoço e lanche) no Sesc Pinheiros: abrindo a mostra de filmes do cineasta alemão Alexander Kluge, será exibida a megaprodução Notícias de Antiguidades Ideológicas: Marx, Eisenstein, O Capital.
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada.
Por Eliane Brum*, na Época
Os otavinhos são personagens típicos do neoliberalismo. Precisam do desencanto da esquerda, para tentar impor a ideia do tango Cambalache: “Nada é melhor, tudo é igual”.
Por Emir Sader, em seu blog
O fogo pesado disparado contra o livro Por Uma Vida Melhor, de Heloisa Ramos, distribuído pelo Ministério da Educação para a rede pública, faz parte do arsenal da reação conservadora a políticas, apenas ligeiramente progressistas, adotadas nos dois governos Lula e, agora, no governo Dilma Rousseff.
Por Mauricio Dias, na CartaCapital
Não é de hoje que eu acho esquisito que um povo como o nosso, com um incrível senso de humor no varejo, crie humor de qualidade tão ruim quando a coisa é profissional. Parece que somos engraçadíssimos quando a situação não pede, e sem-gracíssimos quando somos pagos para fazer rir.
Por Marcelo Carneiro da Cunha, no Terra Magazine
Homofobia, xenofobia, sexismo. Ojeriza ao pobre e um renascido antissemitismo. Houve de tudo um pouco no cardápio tétrico dessa última semana de nenhum orgulho e muito preconceito. Onde foi parar, afinal, aquele Brasil, um país de todos?
Por Marcelo Semer, no blog Sem Juízo
O comediante Danilo Gentili pediu desculpas pela piada antissemita que divulgou no Twitter. A saber, a de que os velhos de Higienópolis temem o metrô no bairro porque "a última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz". Aceitar suas desculpas pode ser fácil ou difícil, conforme a disposição de cada um. O difícil é imaginar que, com isso, ele venha a dizer menos cretinices no futuro.
Por Marcelo Coelho, na Folha de S. Paulo
Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Por Marcos Bagno*, em seu site
A sociedade do controle, anunciada por Michel Foucault em Vigiar e Punir, foi paulatinamente estabelecida em substituição aos ritos de execução. Entre os séculos 17 e 20, o uso do suplício passou ao confinamento, o que Foucault chamou de "economia do castigo" ao narrar o nascimento da prisão.
Por Túlio Muniz*, no Observatório da Imprensa
Os filhos de Bin Laden – conforme pronunciamento publicado ontem – acusam os Estados Unidos de terem violado os princípios imemoriais de justiça, como os do devido processo legal, ao assassinarem o chefe da família em Abottabad. De forma clara, eles reclamam das Nações Unidas investigação sobre os fatos, e admitem levar o caso à Corte Internacional de Justiça. Um grupo de advogados britânicos já foi contatado.
Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
A polêmica em torno do suposto racismo de Monteiro Lobato — levantada no ano passado após o Conselho Nacional de Educação recomendar a inclusão de notas explicativas no livro Caçadas de Pedrinho — ganhou novo fôlego. Tudo por causa da publicação de cartas inéditas do escritor na última edição da Bravo!.
Como o menino do conto de Andersen, Liev Tolstói grita: "O rei está nu!". A imagem serve para sintetizar a ideia que perpassa os textos de Os Últimos Dias. Em cartas, trechos de diário, discurso e ensaios elaborados entre 1882 e 1910, o célebre escritor russo faz manifestos cáusticos contra a hipocrisia da sociedade, atacando os pilares do poder, defendendo a simplicidade e derramando religiosidade.