Inicio pela conclusão: hoje tornou-se quase impossível desgostar dos dramas e comédias do escritor inglês William Shakespeare (1564-1616). Ninguém teria autoridade estética ou moral para refutar a obra do Bardo, de Romeu e Julieta ao Rei Lear, de A Tempestade a Hamlet e Macbeth. Quem o fizesse cairia na execração pública e perderia suas credenciais acadêmicas, caso as tivesse.
Por Luís Antônio Giron, na Época
As ações de marketing, apesar de cada vez mais embasadas em pesquisas junto aos consumidores, continuam tendo algo de mágico. Por mais que se aumentem as fontes de informação para a tomada de decisão, ao final elas ainda se resumem a uma escolha: um caminho, normalmente sem volta, que é definido pelos estrategistas da marca.
Por Marcos Bedendo*, no m&m online
Enganaram-se aqueles que acreditaram que Barack Obama representaria uma mudança na política interna e externa da principal economia do mundo. É o que afirma Tariq Ali, escritor e historiador de origem paquistanesa e radicado na Inglaterra.
Os usos, os costumes e as posturas ao politicamente correto tomaram gosto entre a população. Esses verbetes são a tradução mais completa da ética à brasileira, em que práticas consideradas ofensivas aos direitos humanos estão saindo de moda. Isso reflete, na verdade, uma conscientização cada vez maior dos preceitos aprovados na Constituição de 1988 e que só agora começam a pegar de fato.
Por Alexandre Braga*
O presidente do movimento denominado Pró-Vida, Padre Luiz Carlos Lódi, divulgou nota pela internet atacando o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O Pró-Vida, sediado em Anápolis, interior de Goiás, é um dos movimentos católicos mais radicais do país contra a descriminalização do aborto.
Por Paulo Daniel, no blog Além da Economia
Não há povos felizes, e poucas são as pessoas no mundo que se sentem em paz. Viver não é apenas perigoso: é uma aventura difícil. Sempre foi assim, mas como o passado pesa, e nos conduz, a cada época os homens se sentem mais impotentes diante das circunstâncias, que escapam de sua vontade e poder.
Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
A polêmica Noel Rosa (1910-1937) x Wilson Batista (1913-1968) durou menos de três anos, mas rendeu músicas interessantes e virou parte do folclore musical brasileiro. Quando o entrevero começou, na década de 1930, o boêmio da Vila já era um respeitado compositor, frequentador da Lapa, amigo de famosos e com o nome feito no meio radiofônico.
Por Renato Torelli*
Em 1936, um ano antes de sua morte, Noel Rosa compôs para Aracy de Almeida a inspirada e provocativa O X do Problema. A letra conta a história de uma sambista que, à semelhança de Aracy, foi "educada na roda de bamba" e "diplomada na escola de samba" do Estácio de Sá.
Por André Cintra
O sistema capitalista revela em suas crises periódicas momentos especiais de profunda reestruturação. São oportunidades históricas em que velhas formas de valorização do capital sinalizam esgotamentos, enquanto novas formas ainda não se apresentam plenamente maduras no centro dinâmico do mundo.
Por Marcio Pochmann*, na Margem Esquerda
Os recentes fatos ligados a perseguição do site Wikileaks e do blog brasileiro Falha de S.Paulo fazem pensar na declaração do escritor José Saramago: "Tudo se descute nesse mundo, menos uma única coisa não se discute: é a democracia. A democracia está aí como uma referência. E não se repara que a democracia em que vivemos é uma democracia sequestrada, condicionada e amputada", pois quem tem decidido pelo povo é o sistema financeiro.
A sensação começa no aeroporto, na hora do embarque. O traje das comissárias de bordo, arrematado por um chapéu coco vermelho, de onde pende um meio lenço, tentando esconder metade do rosto, procura fazer uma ponte fashion entre o que o senso comum define como Oriente e Ocidente. Também a mistura étnica já se faz presente durante o vôo, com mulheres filipinas, africanas e europeizadas servindo as várias refeições da viagem interminável.
Por Marcia Camargos*, na Carta Maior
A manifestação virulenta e desprovida de qualquer teor de humanismo de uma estudante de Direito na internet reabriu o debate acerca do preconceito contra nordestinos em São Paulo e repõe a reflexão sobre o sentimento de unidade e identidade nacionais.
Por Aldo Rebelo*, no O Estado de S.Paulo